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América Latina

Audiência de opositor venezuelano López é adiada

Líder dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro está preso desde 18 de fevereiro; ele é acusado de instigação pública, danos à propriedade e formação de quadrilha

8 mai 2014 - 13h29
(atualizado às 13h30)
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<p>O líder opositor venezuelano Leopoldo Lopez discursa para apoiadores antes de se entregar em Caracas em 18 de fevereiro</p>
O líder opositor venezuelano Leopoldo Lopez discursa para apoiadores antes de se entregar em Caracas em 18 de fevereiro
Foto: Jorge Silva / Reuters

A audiência judicial do líder opositor radical venezuelano Leopoldo López, que nesta quinta-feira deveria decidir se ele seria indiciado, foi adiada, segundo fontes de seu partido, Vontade Popular.

"Tribunal 16 de Controle adia audiência preliminar de Leopoldo López, que está sendo transferido novamente à prisão militar de Ramo Verde", nos arredores de Caracas, afirma a nota de imprensa do partido, sem informar a nova data ou os motivos da suspensão.

"Hoje a justiça injusta se escondeu. O que temem? A verdade? Sabem que devo sair em liberdade", declarou o líder detido ao sair do Palácio de Justiça de Caracas, informou o Vontade Popular em sua conta do Twitter.

López, o principal promotor da estratégia de forçar com protestos nas ruas a renúncia do presidente Nicolás Maduro - conhecida como "A Saída" - está recluso em prisão preventiva em uma prisão militar desde 18 de fevereiro.

No dia 12 de fevereiro, uma manifestação convocada por ele terminou com fortes distúrbios, e há um mês o Ministério Público o acusou de "instigação pública, danos à propriedade, incêndio em grau de determinador (autor intelectual) e formação de quadrilha".

Na audiência adiada nesta quinta-feira seria decidido o indiciamento do coordenador nacional do Vontade Popular ou sua libertação, uma das condições levantadas pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), da oposição, para retomar um diálogo com o governo de Maduro, cujas reuniões a portas fechadas também foram adiadas para a semana que vem.

As detenções de Lópes, de outros opositores e de estudantes alimentaram muitos dos protestos nas ruas que há mais de três meses são realizados nas principais cidades da Venezuela, com um saldo de 41 mortos.

Os manifestantes também protestam pela alta inflação, que atinge os 60% anuais, pela escassez de produtos básicos, como papel higiênico e café, e pela violência criminal.

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