Grupo armado pede ajuda à ONU após deslizamento de terra no Sudão matar mais de mil pessoas
Um deslizamento de terra massivo, provocado por chuvas torrenciais, devastou um vilarejo montanhoso em Darfur, no oeste do Sudão, deixando mais de mil mortos, conforme anunciou na segunda-feira (1º) o Movimento/Exército de Libertação do Sudão (SLM), grupo armado que controla a região. O número de vítimas ainda é incerto, em um país já assolado por uma grave crise humanitária. O presidente da Comissão da União Africana expressou "profunda compaixão" e o SLM pediu ajuda às Nações Unidas.
Um deslizamento de terra massivo, provocado por chuvas torrenciais, devastou um vilarejo montanhoso em Darfur, no oeste do Sudão, deixando mais de mil mortos, conforme anunciou na segunda-feira (1º) o Movimento/Exército de Libertação do Sudão (SLM), grupo armado que controla a região. O número de vítimas ainda é incerto, em um país já assolado por uma grave crise humanitária. O presidente da Comissão da União Africana expressou "profunda compaixão" e o SLM pediu ajuda às Nações Unidas.
Gaëlle Laleix, correspondente da RFI em Nairóbi
O deslizamento ocorreu no domingo (31), após fortes chuvas. Segundo os rebeldes, o vilarejo de Tarsin, em Darfur, localizado nas encostas do vulcão Djebel Marra, foi completamente destruído.
O grupo armado fez um apelo às Nações Unidas e às ONGs internacionais para fornecerem ajuda para a recuperação dos corpos. "Nossas equipes em Djebel Marra estão em contato com as autoridades para definir a rota de envio dos socorristas, pois o vilarejo é extremamente isolado", explicou Caroline Bouvard, diretora da ONG Solidariedade Internacional no Sudão.
"É um terreno extremamente difícil", confirma Ahmed Tugod, do Movimento Justiça e Igualdade, outro grupo armado da região. "Infelizmente, não é a primeira vez que uma tragédia como essa ocorre. Esses vilarejos estão praticamente equilibrados sobre as cristas das montanhas Marra", disse.
Em comunicado, o governo autoproclamado da aliança Tasis, liderado pelo general Hemedti, comandante das Forças de Apoio Rápido (FSR), prometeu "o envio de um comboio de socorro" e "a criação de um comitê conjunto" para coordenar a ajuda nacional e internacional.
Também nesta terça-feira, o presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, expressou "profunda compaixão" e conclamou "todas as partes envolvidas no Sudão a silenciar as armas e se unir para permitir o fornecimento rápido e eficaz de ajuda humanitária emergencial às vítimas".
Desde 15 de abril de 2023, uma guerra civil sangrenta opõe o exército sudanês às FSR, mergulhando o país em uma profunda crise humanitária.