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África

Egito: Mubarak pode ser beneficiado por liberdade antecipada

Preso em um hospital militar desde 2011, ex-presidente pode ter esse direito após cumprir dois terços da condenação

30 nov 2014 - 10h33
(atualizado às 11h16)
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<p>Ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, dentro de cela em tribunal no Cairo, em 2012; Justiça do Egito o inocentou da acusação de cumplicidade na morte de manifestantes nos protestos de 2011</p>
Ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, dentro de cela em tribunal no Cairo, em 2012; Justiça do Egito o inocentou da acusação de cumplicidade na morte de manifestantes nos protestos de 2011
Foto: Stringer / Reuters

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, detido em um hospital militar desde 2011, pode ser beneficiado pela liberdade antecipada depois de cumprir dois terços da condenação por corrupção e ser inocentado da acusação de cumplicidade na morte de manifestantes nos protestos de 2011.

A informação foi revelada pelo advogado de Mubarak, um dia depois de um tribunal do Cairo descartar a acusação sobre a responsabilidade do ex-presidente na violenta repressão dos protestos de 2011 e absolvê-lo das acusações de corrupção.

Apesar das decisões, Mubarak, que governou o país com mão de ferro durante 30 anos, continuará detido em um hospital militar para cumprir uma pena de três anos por outro caso de corrupção.

O advogado Farid al Deeb declarou à AFP que o ex-presidente, de 86 anos, poderia ser beneficiado pela liberdade antecipada e sair do hospital militar no qual cumpre a sentença.

"Mubarak já cumpriu dois terços da condenação, se for levado em consideração o tempo de sua detenção preventiva em 2011", disse Deeb.

"Segundo uma emenda legal recente, um preso pode receber a liberdade depois de cumprir dois terços da condenação", afirmou.

Mais de mil manifestantes protestaram no sábado à noite na Praça Tahrir do Cairo, depois do anúncio do veredito pronunciado.

A polícia usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os manifestantes.

Pelo menos 85 pessoas foram detidas, mas apenas quatro permanecem na prisão, segundo o advogado Ramy Ghanem.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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