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África

Egito: governo confirma 173 mortos e 1,3 mil feridos em 24 horas

17 ago 2013 - 09h13
(atualizado às 09h50)
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Os confrontos entre as forças de segurança e manifestantes islamitas deixaram nas últimas 24 horas 173 mortos no Egito, após a convocação dos partidários do presidente deposto Mohamed Mursi para uma "sexta-feira da ira", informou o Ministério da Saúde egípcio neste sábado. O ministério disse ainda que 1.330 pessoas ficaram feridas em todo o país, com 596 feridas nos confrontos no Cairo.

Sharif Shawky, porta-voz do governo, afirmou que das 173 vítimas fatais, 95 morreram no Cairo e 25 na Alexandria, segunda maior cidade do país. O balanço inclui os mortos registrado da tarde de sexta-feira até 10h (5h de Brasília) de sábado. Nos últimos três dias, 57 policiais morreram, segundo o porta-voz do governo, que não informou se estes óbitos estão incluídos entre as 173 vítimas fatais.

Um balanço anterior com base em dados oficiais e de uma contagem da AFP registrava pelo menos 83 mortes. Nos últimos três dias, 57 policiais morreram, segundo o porta-voz do governo, que não informou se estes óbitos estão incluídos entre as 173 vítimas fatais.

Na quarta-feira, as forças de segurança do governo militar interino do Egito realizarm uma ofensiva contra acampamentos de manifestantes da Irmandade Muçulmana e apoiadores de Mohamed Mursi, o primeiro presidente democraticamente eleito da história do país e deposto no último dia 3 de julho. As ações policiais deixaram 638 mortos e 3.994 feridos, segundo balanço oficial. 

Dissolução da Irmandade Muçulmana

Também neste sábado, o primeiro-ministro egípcio, Hazem el-Beblawi, propôs a dissolução legal da Irmandade Muçulmana e o governo está estudando a ideia, disse Shawky. Beblawi fez a proposta ao ministro de Assuntos Sociais - Ministério responsável por licenciar entidades não-governamentais.

A Irmandade foi dissolvida pelo regime militar do Egito em 1954, mas se registrou como uma organização não-governamental em março, em resposta a um processo legal movido por opositores do grupo que contestavam sua legalidade.

Fundada em 1928, a Irmandade também tem um braço político legalmente registrado, o Partido Liberdade e Justiça, estabelecido em 2011, depois da revolta que levou à deposição do ex-líder autocrático Hosni Mubarak. "A reconciliação está aí para aqueles cujas mãos não estão sujas de sangue", disse Shawky.

Com informações das agências AFP e Reuters

Fonte: Terra
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