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Mulheres têm melhora na autoestima com detox das redes sociais, segundo estudo

A pesquisa foi feita pela Universidade de York, no Canadá, e analisou mulheres de 17 a 24 anos

13 mai 2024 - 17h18
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Uma pesquisa da Universidade de York, em Toronto, no Canadá, publicada recentemente no periódico científico ScienceDirect, revelou que a utilização das redes sociais pode abalar a autoestima e autoimagem de mulheres jovens.

Detox das redes melhora autoestima em mulheres, diz estudo
Detox das redes melhora autoestima em mulheres, diz estudo
Foto: Canva / Perfil Brasil

As cientistas analisaram 66 estudantes entre 17 e 24 anos, que eram usuárias das plataformas TikTok, Instagram, Twitter e Facebook. Elas foram divididas em dois grupos: um deixou de usar, por uma semana, as redes, e o outro permaneceu utilizando como de costume. Antes e depois do período, as participantes responderam o mesmo questionário, que continha perguntas sobre sua relação com o corpo, se estavam satisfeitas e se tinham desejo de realizar alguma mudança em seu físico.

De acordo com as pesquisadoras do departamento de psicologia, as estudantes que fizeram o detox digital apresentaram melhora significativa na autoestima e percepção corporal. As mulheres mais sensíveis à imposição do ideal de magreza foram as que tiveram os maiores resultados.

"Dar uma pausa nas redes sociais parece ser uma estratégia especialmente útil para mulheres que correm o risco de desenvolver distúrbios de alimentação por valorizarem excessivamente a magreza", afirmou o estudo.

Influenciadores digitais têm se tornado adeptos deste movimento, e vêm produzindo conteúdo sobre o assunto. Nomes como Emma Chamberlain, Marcela Ceribelli e Lela Brandão já falaram sobre suas experiências positivas diminuindo o tempo de atividade nas redes. Confira o episódio do podcast de Lela, em que ela aborda a temática:

Porém, segundo as autoras do estudo, as causas da melhora vista nas estudantes devem ser melhor investigadas. Uma possível influência seria de que o conteúdo ao qual as participantes estariam consumindo reforçasse o padrão de magreza, causando um ciclo vicioso de baixa autoestima e autoimagem negativa.

"A exposição repetida a imagens de corpos idealizados, aliada à valorização e insatisfação com a própria imagem, podem levar um indivíduo a se enxergar de forma mais negativa", disseram as pesquisadoras. "Da mesma forma, a baixa autoestima pode tornar um indivíduo mais vulnerável a pressões sociais, como possuir o corpo perfeito", completaram.

Além disso, é possível que o tempo ganho com a não utilização das redes pode desencadear comportamentos que contribuem para a saúde mental, como mais tempo ao ar livre, socialização ou mais tempo de sono.

Pesquisadora defendeu conscientização sobre uso das redes sociais

Jennifer Mills, coordenadora da pesquisa e professora de psicologia da universidade, disse em entrevista ao portal alemão Tagesschau que o formato de consumo de mídias mudou muito em períodos recentes, com a introdução da internet.

Mills afirmou que, antes, as mulheres tinham um tempo limitado de consumo, com as revistas de moda e beleza saindo uma vez por semana, e hoje elas têm acesso a conteúdo potencialmente degradante o tempo todo.

Assim, ela defende uma conscientização sobre o uso das redes sociais e seus riscos. Ainda, a psicóloga afirmou que cabe às plataformas oferecer maior autonomia para que os usuários controlem e decidam como interagir com elas.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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