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Marketing e rebranding recriam valor do mercado de café

Estratégias globais transformam commodity em experiência; dados indicam alto consumo no Brasil e especialistas apontam planejamento de marca como chave para longevidade.

11 dez 2025 - 15h28
(atualizado às 16h34)
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O mercado global de café atravessa uma reconfiguração estratégica, migrando da venda por volume para a entrega de valor agregado e experiência. Grandes empresas do setor alimentício utilizaram ferramentas de marketing e rebranding para alterar a percepção de consumo em diferentes frentes: da abertura de novos mercados na Ásia à sofisticação da demanda interna no Brasil. Essas manobras influenciam diretamente a cadeia produtiva, indicando, sob a ótica de negócios, que a gestão de marca caminha em paridade com a qualidade do grão.

Foto: BAOBÁ FULL AGENCY / DINO

Uma estratégia de expansão de mercado frequentemente citada na literatura de marketing ocorreu no Japão, na década de 1970. Para superar as barreiras de entrada em uma cultura onde o consumo de café não era habitual, multinacionais optaram por uma estratégia de adaptação cultural. O movimento consistiu na introdução de produtos de confeitaria com sabor de café, visando criar familiaridade com o paladar local. A iniciativa colaborou para a redução da resistência cultural inicial, antecedendo o estabelecimento gradual da categoria no cotidiano da população nas décadas seguintes.

A evolução desse marketing de percepção permitiu a implementação de novos modelos de precificação, exemplificados pelo sistema de cápsulas (monodose). Ao alterar a forma de venda — de peso para "dose" — e focar na conveniência, o segmento elevou o valor proporcional do quilo do café para faixas superiores a R$ 300,00. Observa-se que a adesão a este formato prioriza a experiência padronizada e a praticidade, fatores que, neste modelo de negócio, agregam valor ao produto final.

Em resposta a essa sofisticação, o agronegócio brasileiro investe no "marketing de origem", utilizando a Indicação Geográfica (IG) como diferencial. O movimento é sustentado por um mercado interno robusto: dados recentes divulgados pela Embrapa Café, com base em levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), apontam que o consumo nacional atingiu 21,91 milhões de sacas nos últimos 12 meses. O volume corresponde a cerca de 40% da safra total, demonstrando que a demanda doméstica valida o fortalecimento da marca do produto nacional.

Parte desse consumo ocorre no ambiente de trabalho, onde a bebida se consolidou como ferramenta de gestão. Para Nara Lima, Gerente de Projetos da BAOBÁ, a "pausa para o café" tornou-se um ritual essencial. "No ambiente corporativo, o café atua quase como um gerente informal; sem a pausa para a xícara, muitas reuniões simplesmente não avançam e a produtividade trava", observa a especialista, destacando o papel da marca na rotina profissional.

A trajetória dessas estratégias de mercado valida a tese de que a longevidade corporativa depende de pilares sólidos. Segundo Julay Barretti, Diretora Criativa da BAOBÁ, o sucesso de marcas que atravessam gerações não é fruto do acaso, mas de uma arquitetura estratégica deliberada. "Um rebranding planejado atua como uma raiz profunda: ele dá à empresa a estabilidade necessária para suportar as oscilações da economia e do comportamento do consumidor, garantindo que o negócio permaneça relevante a longo prazo", analisa.

Website: https://www.instagram.com/baoba.agencia/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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