Sobrenome Bolsonaro carrega rejeição maior que de governadores de direita, diz pesquisa
Diferença em pesquisa para 2026 está acima de dez pontos percentuais
Nomes da família Bolsonaro têm maior rejeição do que governadores da direita para as eleições presidenciais de 2026, segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 6. A diferença é de mais de dez pontos percentuais, com os governadores em geral na casa dos 20% de rejeição, e os Bolsonaro acima de 35%.
No cenário do primeiro turno, o senador Flávio Bolsonaro (PL), recém confirmado como pré-candidato com apoio do pai, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, licenciado do cargo, enfrentam respectivamente 38 e 37% de rejeição, segundo a pesquisa, seguidos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com 35%.
- Lula venceria Flávio Bolsonaro por 15 pontos e Tarcísio por 5 em eventual 2º turno, segundo pesquisa
O maior percentual de eleitores (45%) diz que não votaria "de jeito nenhum" no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso e condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e já inelegível anteriormente por uma condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A rejeição empata (conforme a margem de erro) com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 44%.
Já os governadores cotados pela pesquisa, em geral menos conhecidos nacionalmente, têm taxa de rejeição menor: o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), tem 20%, mais do que Ronaldo Caiado (União Brasil), com 18%, e menos que Ratinho Jr. (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo) ambos com 21% de rejeição.
O Datafolha ouviu 2.002 eleitores de terça, 2, a quinta-feira, 4, antes, portanto, do anúncio de Flávio. O levantamento foi feito em 113 municípios com maiores de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Governadores mais próximos de Lula
No potencial de voto, Lula mostra maior vantagem sobre os candidatos da família Bolsonaro, mas, de acordo com a pesquisa, a vitória no segundo turno seria mais apertada contra os governadores Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr..
Em eventual segundo turno, o petista venceria hoje com 47% dos votos contra 42% do atual governador de São Paulo, e 41% do governador do Paraná.