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Juiz suspende leilão de resort de luxo com possível ligação a lavagem de dinheiro do PCC

Resort em Mato Grosso foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2020

3 jan 2024 - 17h29
(atualizado às 17h48)
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Paraíso do Manso Resort, imóvel de luxo localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, que foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2020
Paraíso do Manso Resort, imóvel de luxo localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, que foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2020
Foto: Divulgação/Receita Federal

A Justiça Federal suspendeu o leilão do Paraíso do Manso Resort, imóvel de luxo localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O empreendimento foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2020, após investigações apontarem possíveis ligações com um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

À época, a Operação Status resultou na prisão de seis indivíduos e no bloqueio de contas bancárias e bens ligados à organização criminosa. As informações são do Blog do Fausto Macedo, do Estadão. 

O juiz Luiz Augusto Iamassaki Florentini, da 5.ª Vara Federal de Campo Grande, suspendeu o leilão após a União informar ao Ministério Público que o resort foi construído em uma área federal. O magistrado requisitou informações ao Ministério do Desenvolvimento Agrário para avaliar a possibilidade de incorporação do imóvel ao patrimônio público, visando evitar a exploração indevida da área.

Segundo o Ministério Público Federal, o resort foi registrado em nome de uma "laranja", mas a propriedade, na realidade, pertenceria ao clã Morinigo, fato negado pela família. Os Morinigo já foram denunciados na Operação Riqueza como fornecedores de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação aponta que o grupo possui histórico antigo no tráfico de drogas, e se especializou na importação de cocaína.

A propriedade seria usada para lavar dinheiro proveniente das atividades criminosas da organização. O núcleo do grupo, segundo as investigações, se estende entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com ramificações em outros estados e além das fronteiras nacionais.

O clã Morinigo responde a uma ação penal por tráfico internacional de drogas e organização criminosa. As audiências de instrução estão programadas para fevereiro, na 5.ª Vara Federal de Campo Grande.

O que diz a defesa

Ao Estadão, o advogado André Damiani informou que o resort não pertence à família Morinigo. "Eu não tenho como me manifestar sobre o imóvel porque ele não pertence aos meus clientes. É uma ilação irresponsável", disse.

A defesa afirmou ainda que o Ministério Público "sonegou" documentos do caso. A Justiça Federal determinou o compartilhamento do material.

"Com essa documentação, fiscal e contábil, os réus poderão aprensentar estudos, laudos, pareceres técnicos para esclarecer sua evolução patrimonial".

Fonte: Redação Terra
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