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Justiça britânica decide que chamar homem de 'careca' é assédio sexual; entenda

Vítima denunciou uma ofensa dita pelo chefe em julho de 2019 e os magistrados tiveram que avaliar se o insulto se tratou mesmo de assédio

13 mai 2022 - 22h50
(atualizado às 23h02)
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Justiça britânica decide que homem chamado de careca foi vítima de assédio sexual
Justiça britânica decide que homem chamado de careca foi vítima de assédio sexual
Foto: Revista Planeta / Revista Planeta

A Justiça Trabalhista de Londres, Inglaterra, decidiu que um britânico chamado de "babaca careca" por seu superior foi assediado sexualmente. De acordo com O Globo, os juízes entenderam a declaração sobre a calvície do funcionário equivalente a um comentário sobre o tamanho dos seios de uma mulher. A decisão é da última quarta-feira, 11. 

A vítima, o eletricista Tony Finn, teria trabalhado na empresa British Bung Company, localizada em West Yorkshire, por mais de 20 anos. Mas o profissional foi demitido em maio de 2021 e denunciou à Justiça que sofreu assédio sexual depois de discutir com o supervisor da fábrica, Jamie King.

A vítima denunciou uma ofensa dita pelo chefe em julho de 2019 e os magistrados tiveram que avaliar se o insulto se tratou mesmo de assédio sexual.

Os juízes afirmaram que o superior se referiu de maneira pejorativa e indesejada a Finn e se excedeu com o comentário sobre a aparência do funcionário. 

A defesa da empresa afirmou que o caso não se tratava de assédio sexual. Mas, os magistrados se opuseram a alegação, ao defenderem a tese de que a calvície é muito mais prevalente em homens do que em mulheres e, portanto, a ofensa foi "inerentemente relacionada ao sexo da vítima".

O tribunal ainda relembrou de uma decisão de 1995 sobre comentários da aparência de uma mulher. No caso, a Justiça decidiu que a vítima foi sexualmente discriminada por um gerente que fez comentários sobre o tamanho dos seios dela.

De acordo com O Globo, além do assédio sexual, a sentença determina que a vítima receba compensações trabalhistas por demissão injusta e abusiva. 

Fonte: Redação Terra
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