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Homem xinga e cospe em filha de ministro do STF em universidade: "Lixo comunista"

15 set 2025 - 12h55
(atualizado às 13h31)
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Um episódio de hostilidade dentro da Universidade Federal do Paraná (UFPR) expôs a tensão política que chega aos campus acadêmicos. A professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas, Melina Fachin, foi xingada e atingida por uma cusparada enquanto deixava a Faculdade de Direito, na última sexta-feira (12). Filha do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, ela foi chamada de "lixo comunista" por um homem que não se identificou.

Melina Fachin, filha de Edson Fachin
Melina Fachin, filha de Edson Fachin
Foto: Reprodução/Youtube / Perfil Brasil

O agressor se aproximou repentinamente e lançou as ofensas, sem revelar o motivo da abordagem. O advogado e marido de Melina, Marcos Gonçalves, relatou em nota pública que a cena configurou "agressão covarde". Segundo ele, tratava-se de um homem branco, que disparou os insultos e cuspiu na professora diante de testemunhas.

"Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto", escreveu Gonçalves.

O que o caso revela sobre o ambiente nas universidades?

O autor da cusparada não foi identificado até agora. Para Gonçalves, o episódio se conecta a protestos ocorridos dias antes no mesmo local. Na terça-feira anterior, estudantes impediram a realização do evento "Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?", organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A UFPR cancelou o encontro, mas os apoiadores tentaram forçar entrada no prédio. Entre eles estavam o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e o advogado bolsonarista Jeffrey Chiquini. Gonçalves classificou o episódio como "provocação, tumulto e desrespeito às instituições" e mencionou relatos de violência policial contra os estudantes.

"Se alguma coisa além acontecer com a Professora Melina ou com alguém da nossa família, vocês não serão apenas os responsáveis, vocês receberão o mesmo jugo", declarou o advogado.

O caso levou entidades acadêmicas e civis a se manifestarem. O Centro de Estudos da Constituição da UFPR repudiou a agressão em nota pública, chamando-a de tentativa de intimidação. O comunicado destacou que a violência "atinge os valores de liberdade e democracia que sustentam a universidade pública".

O Projeto das Promotoras Legais Populares de Curitiba e Região Metropolitana e o Grupo de Pesquisa em Direito Constitucional da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também expressaram apoio a Melina, ressaltando sua atuação em defesa dos direitos humanos.

Perfil Brasil
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