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Haddad diz que hostilidade dos EUA com o Brasil é para 'livrar a cara dos golpistas'

23 ago 2025 - 15h51
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (23) que a recente postura do governo dos Estados Unidos em relação ao Brasil representa uma "atitude hostil". Segundo ele, a ofensiva tem como finalidade "livrar a cara dos golpistas" e favorecer a retomada da extrema-direita no cenário político nacional. As declarações foram dadas em encontro promovido na sede nacional do PT, em Brasília, para discutir a conjuntura política e internacional.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Foto: José Cruz/Agência Brasil / Perfil Brasil

Haddad destacou que o Brasil não pode aceitar pressões externas. "O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Temos tamanho, densidade e importância para manter e garantir nossa soberania […] as tratativas estavam andando muito bem, até que essa atitude hostil nos surpreendeu", afirmou. O ministro criticou ainda grupos brasileiros de extrema-direita, que, em suas palavras, "de patrióticos não têm absolutamente nada".

O que está por trás da hostilidade dos EUA?

O ministro mencionou mensagens trocadas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, reveladas pela Polícia Federal. "Vimos pelas mensagens trocadas que o único objetivo era livrar a cara dos golpistas e não tem nenhuma outra finalidade essa hostilidade que não reabilitar a extrema-direita no Brasil", disse.

As investigações da PF resultaram no indiciamento de Bolsonaro por coação no curso do processo sobre a tentativa de golpe de Estado. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, também foi incluído no inquérito. As revelações reforçaram as críticas de Haddad à articulação entre setores políticos e pressões internacionais.

O encontro em Brasília contou ainda com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Ele defendeu a negociação direta com os Estados Unidos para reduzir o tarifaço de 50% aplicado a produtos brasileiros. "Não tem a menor justificativa colocar essa tarifa. Dos dez produtos que mais exportam ao Brasil, oito não pagam imposto. É absolutamente zero. A média tarifária é de 2,7%, baixíssima. E eles têm superávit na balança comercial, tanto de bens quanto de serviços", afirmou.

As falas evidenciaram a preocupação do governo em preservar a soberania nacional diante da pressão internacional e, ao mesmo tempo, buscar saídas diplomáticas para proteger a economia brasileira.

Perfil Brasil
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