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Giannetti elaborou manifesto de apoio a Geraldo Alckmin

Um dos colaboradores da campanha do presidenciável tucano, Roberto Gianneti é um dos alvos da 10ª fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta quinta-feira, 26; PSDB de São Paulo anuncia saída dele da campanha de Doria

26 jul 2018 - 10h56
(atualizado às 18h44)
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O economista Roberto Giannetti da Fonseca é um dos colaboradores da campanha política do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência e participou até esta quinta-feira da coordenação da campanha do ex-prefeito João Doria (PSDB). O Estado mostrou nesta quinta-feira, 26, que ele é o idealizador de uma proposta chamada de"Manifesto Compromisso da Força Centro Democrático" elaborada com o objetivo de mostrar que os tucanos propõem um novo modelo de governança .

Gianneti é um dos alvos da 10ª fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta quinta-feira, 26. A investigação apura desvios perante o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf). A ação de hoje mira irregularidades em julgamento de processo fiscal de interesse de empresa siderúrgica Paranapanema, com sede na cidade de Santo André (SP). Desta vez, segundo nota da Receita, os prejuízos, em valores atualizados, superam R$ 900 milhões.

O documento, escrito por Giannetti, critica a condução da política econômica e a governança dos últimos governos. "Porém, a má gestão da politica econômica, e uma sucessão de práticas irresponsáveis e desonestas pelos governantes, levaram novamente grande parte dos brasileiros nos últimos anos a perder a esperança no futuro de nossa Nação".

Roberto Gianetti da Fonseca escreveu documento em que critica a condução da política econômica nos últimos anos 
Roberto Gianetti da Fonseca escreveu documento em que critica a condução da política econômica nos últimos anos
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil / Estadão

As propostas começaram a ser discutidas internamente na campanha de Alckmin nas últimas semanas. A coordenação do tucano não considera o documento como uma peça oficial da campanha, mas o próprio ex-governador já teve acesso ao manifesto escrito por Fonseca. O coordenador econômico do programa de governo, Pérsio Arida, fez a revisão de alguns pontos da proposta de acordo com a apuração do Estado.

O compromisso, que se aprovado estava previsto para ser apresentado no dia o registro da campanha, 15 de agosto, termina com uma mensagem desejando que o PSDB termine a eleição vitoriosa: "Esperamos, enfim, que o PSDB e seus aliados sejam os vitoriosos nesta próxima eleição presidencial em outubro, seja pelo que trazemos de positivo em nossas propostas e não apenas pelos malfeitos, abusos e desmandos dos governos que nos precederam, que são enormes".

"A democracia, tal como a concebemos, não se faz destruindo-se os órgãos de Estado ao sabor de interesses partidários e privados, como ocorreu com as Agências Reguladoras, as empresas estatais, os fundos de pensão e a própria administração federal. Nem pela estimagtização infamante dos setores políticos minoritários. É preciso devolver o Estado à sociedade brasileira".

Segundo interlocutores da campanha do tucano, o documento foi elaborado e discutido por pessoas do PSDB, mas não foi debatido oficialmente nem apresentado aos demais aliados. O manifesto que o PSDB apoiou foi o assinado e divulgado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O Estado tentou falar com o economista, mas não houve retorno até o momento.

Gianetti deixa campanha de Doria em SP

A assessoria do ex-prefeito João Doria, pré-candidato do PSDB ao governo paulista, divulgou nessa quinta-feira, 26, uma nota oficial informando que o economista Roberto Giannetti da Fonseca pediu afastamento da campanha tucana em São Paulo. "A coligação Acelera São Paulo informa que o economista Roberto Giannetti da Fonseca, coordenador geral do programa de governo, decidiu se licenciar da função. O objetivo do afastamento é se dedicar à elaboração de sua defesa nas investigações da Operação Zelotes".

O economista era vice-chairman do LIDE, empresa ligada a João Doria, que organiza eventos com líderes empresarias e setores do governo. Após a operação desta quinta-feira, ele também pediu afastamento temporário do Comitê de Gestão para se dedicar à sua defesa.

Estadão
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