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PDT oficializa coligação com PSB e indicação de Antonio Neto como vice de Márcio França

Em convenção virtual, presidentes nacionais das siglas afirmam que a união consolida uma aliança nacional

12 set 2020 - 14h23
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O PDT oficializou neste sábado, dia 12, a aliança com o PSB de Márcio França e a indicação de Antonio Neto, presidente municipal do partido trabalhista, como vice na chapa que disputará a Prefeitura de São Paulo. A convenção foi feita de maneira completamente virtual, com Neto conduzindo a cerimônia diante de um painel que exibia outros participantes da videoconferência.

Além dos cabeças de chapa, participaram remotamente nomes de projeção estadual e nacional de ambos os partidos como o deputado federal Alessandro Molon (PSB); o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira; o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi; o deputado estadual Caio França (PSB), filho do ex-governador Márcio França, e a deputada Estadual Juliana Brizola (PDT-RS). O candidato do PDT à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes, enviou um vídeo. De acordo com as lideranças, a união de Márcio França e Neto consolida uma aliança nacional que ambos os partidos querem manter para 2022.

"Essa junção dos nossos partidos é algo absolutamente importante para São Paulo e para muitos lugares onde estamos juntos, como Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Juiz de Fora, Uberlândia, Rio Branco e tantas outras dezenas de cidades importantes e capitais do nosso País. Essa união é apenas um prenúncio da formação da esquerda democrática e dos trabalhistas para um projeto de desenvolvimento nacional, para a recuperação plena da nossa democracia", afirmou Siqueira.

"Essa aliança vem desde o início do ano firmada nos presidentes nacionais dos presidentes do PDT, PSB, PV e Rede, para se diferenciar como um campo da nova centro-esquerda", afirmou Neto em coletiva após a transmissão do ato político. Ele afirma que o objetivo é se contrapor à hegemonia de outros partidos que dominaram o cenário político nacional em anos anteriores.

"Só PDT e PSB juntos, temos 62 deputados. É a maior bancada. Vamos trilhar o caminho para uma aliança de centro-esquerda para 2022. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e em outras cidades, o PSB e o PDT estão alternando a cabeça de chapa. Sabemos a importância das eleições de 2020 nas eleições de 2022", acrescentou Neto.

Durante o ato político virtual, Márcio França criticou a nomeação feita pelo atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), de um secretário filiado ao PT. A nomeação de Carlos Roberto Queiroz Tomé Junior, feita na sexta-feira, tem causado estranhamento para apoiadores do mandatário.

"Tivemos governos do PT e do PSDB na Prefeitura. Governos teoricamente antagônicos mas que, de alguma maneira, eles se relacionam. Você viu a nomeação ontem do prefeito Bruno Covas de um secretário de Habitação que tem filiação origem no PT. Isso não é de graça, tem uma lógica, que é juntar todo mundo", afirmou. "Se precisar, eles vão se juntar todos lá na frente porque o objetivo não é solucionar o problema do povo. O objetivo (deles) é ganhar", argumentou.

Diversidade

Na votação virtual que antecedeu o ato político, a coligação com o PSB e a chapa de vereadores foram aprovadas por maioria absoluta de 96% dos convencionais. O PTD afirma que, dos seus 80 candidatos a vereador - três abaixo do máximo -, 39 são pretos, pardos ou indígenas (49%), 25 são mulheres (31%, o mínimo exigido), quatro são LGBTs e cinco pertencem ao movimento PDT-Axé, grupo formado por representantes de religiões afro-brasileiras para defender o Estado laico e combater a intolerância religiosa.

Além disso, 33 candidatos (41%) têm 40 anos de idade e 40 nomes (50%) têm curso superior, mestrado ou doutorado. O partido está lançando ainda cinco candidaturas coletivas em que o cabeça de chapa é negros de origem nas periferias da cidade. De acordo com o partido, algumas das bandeiras de seus candidatos são o combate às desigualdades, a defesa da educação, da saúde e da cultura e os direitos das mulheres e crianças.

Estadão
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