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Política

CCJ do Senado aprova PL da Dosimetria que pode beneficiar Bolsonaro; texto vai ao plenário

PL da Dosimetria já havia passado pela aprovação da Câmara dos Deputados e foi apresentado como alternativa à anistia

17 dez 2025 - 15h23
(atualizado às 15h53)
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Resumo
A CCJ do Senado aprovou o PL da Dosimetria, que reduz penas para condenados por atos contra a democracia, incluindo Jair Bolsonaro, e segue para votação no plenário.
Ataque à Praça dos Três Poderes, 8 de janeiro de 2023
Ataque à Praça dos Três Poderes, 8 de janeiro de 2023
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 17, por 17 votos a 7, o projeto conhecido como PL da Dosimetria, que reduz as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados por atos golpistas. O texto agora segue para votação no plenário do Senado.

O PL da Dosimetria já havia passado pela aprovação da Câmara dos Deputados e foi apresentado como uma alternativa à anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A proposta promove mudanças no Código Penal e na Lei de Execução Penal, com o objetivo de reduzir as penas do ex-presidente, de seus aliados e de manifestantes já condenados.

O texto cria um mecanismo que acelera a progressão de regime -- quando o condenado deixa um regime mais rigoroso e passa a cumprir a pena em condições mais brandas -- para pessoas condenadas por crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

No Senado, o relator do projeto, Esperidião Amin (PP-SC), recorreu a uma manobra regimental para alterar o texto, restringindo a mudança na progressão de pena apenas aos crimes contra a democracia. A decisão veio após fortes críticas da sociedade, de especialistas em direito e de parlamentares, que alertaram sobre brechas deixadas pelos deputados que poderiam beneficiar outros condenados.

De acordo com o texto aprovado pela CCJ, os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro poderão progredir para o regime semiaberto após cumprir apenas 16% da pena no regime fechado. Atualmente, a legislação exige o cumprimento mínimo de 25% da pena na modalidade mais rigorosa para solicitar a progressão.

Relator do PL da Dosimetria no Senado restringe alcance da proposta para os atos de 8 de janeiro:

O PL também estabelece que:

  • Em casos de condenações simultâneas por tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado, prevalecerá a pena mais severa, em vez da soma das penas.
  • Nos crimes cometidos em contexto de multidão, como os relacionados ao 8 de janeiro, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3, desde que o condenado não seja líder ou financiador das ações.
  • O tempo de estudo e trabalho realizado em prisão domiciliar poderá ser contabilizado para reduzir a pena.

Segundo o relator do PL da Dosimetria na Câmara, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o projeto resultaria em Bolsonaro cumprindo apenas 2 anos e quatro meses em regime fechado, considerando o abatimento do período em que esteve preso em casa e reduções por estudo.

Jair Bolsonaro está preso desde 22 de novembro em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos.
Jair Bolsonaro está preso desde 22 de novembro em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos.
Foto: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo / Estadão

Atualmente, pelas regras vigentes, Jair Bolsonaro teria direito a solicitar a progressão após aproximadamente sete anos no regime fechado. A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal estima que ele possa passar para o semiaberto apenas em 23 de abril de 2033.

O PL da Dosimetria surgiu como solução das lideranças da Câmara e do Senado para atender à pressão de aliados de Bolsonaro por um perdão integral das penas, a chamada anistia, sem recorrer diretamente a esse recurso.

Fonte: Portal Terra
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