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Jungmann admite novo inquérito sobre facada em Bolsonaro

Ministro da Defesa não descartou a possibilidade de a investigação sobre ataque a Jair Bolsonaro ter prazo prorrogado

18 set 2018 - 22h53
(atualizado em 19/9/2018 às 09h07)
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BRASÍLIA - O ministro da Segurança Pública, Raul Raul Jungmann, não descarta a possibilidade de prorrogação do prazo de investigação sobre o atentado sofrido pelo candidato do PSL ao Planalto, deputado Jair Bolsonaro, no dia 6 de setembro, durante ato de campanha, em Juiz de Fora (MG). Jungmann deixou aberta também a possibilidade de abertura de um segundo inquérito para apurar o ataque.

"Nossa posição é de esclarecer tudo. É algo que suscita muitas dúvidas e queremos esclarecer tudo. Se necessário, abriremos uma segunda investigação para apurar todo e qualquer indício. Se existir qualquer possibilidade de coautoria, evidentemente vamos trazer à conhecimento da imprensa e da sociedade", disse o ministro, que se reuniu no fim da manhã com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, para falar da segurança nas eleições e também tratou do caso de Bolsonaro.

Bolsonaro foi atingido por facada e passa por cirurgia
Bolsonaro foi atingido por facada e passa por cirurgia
Foto: Fábio Motta / Estadão Conteúdo

"O primeiro inquérito, que visa definir autoria, materialidade e etc., está sendo cumprido no prazo. Se necessária a prorrogação, será muito pequena, e a coautoria seria investigada em outro inquérito", afirmou.

Jungmann disse ainda que a Polícia Federal, que é subordinada a ele, não tem ainda "nenhuma indicação de que foi uma organização por trás que produziu aquele atentado". No entanto, ressalvou que nenhuma hipótese será descartada, "inclusive a da coautoria e se existe qualquer outro coautor ou organização por trás deste atentado, nós vamos achar, nós vamos chegar até eles e vamos apresentar a toda a sociedade e à opinião pública, sem nenhuma restrição".

Bolsonaro foi esfaqueado no abdome no dia 6 de setembro, quando fazia uma caminhada pelas ruas de Juiz de Fora. O servente de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante e confessou o crime. O presidenciável já passou por duas cirurgias e permanece internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

No dia seguinte ao ataque a Bolsonaro, Jungmann declarou que a PF trabalhava com a hipótese de que o agressor agiu sozinho, como "lobo solitário", embora ressalvasse não descartar outras possibilidades. Anteontem, após cerimônia de instalação do Conselho Nacional de Segurança Pública, o ministro justificou que aquela "era a informação que tinha, naquele momento" e voltou a dizer que não há indicação de que exista uma organização por trás de Adelio, que está detido em um presídio federal de segurança máxima, em Campo Grande (MS).

Ministro pede 15 dias para finalizar caso

Em relação ao prazo de conclusão do inquérito, Jungmann disse esperar que "dentro de 15 dias possa estar apresentando a finalização". De acordo com o ministro, se por acaso isso não for possível, "estaremos muito próximos de concluí-lo". Segundo ele, "a PF tem atuado celeremente e nós temos a preocupação de cumprir com o prazo". Jungmann voltou a repudiar o atentado, classificando-o como "inadmissível, trágico, e que também atenta contra a democracia".

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