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Entidades repudiam ataques de ministro da Educação a repórter do 'Estado'

Nota pública diz que Abraham Weintraub tenta intimidar e desqualificar jornalista

10 out 2019 - 12h41
(atualizado às 14h17)
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SÃO PAULO - Três entidades de jornalistas publicaram nota de repúdio conjunta na quarta-feira, 9, contra os ataques que o ministro da Educação tem direcionado à repórter Isabela Palhares, do Estado. O texto ressalta que Abraham Weintraub tenta intimidar e "desqualificar" a jornalista em publicações nas redes sociais.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e a organização Jornalistas Contra o Assédio apontam que Isabela tem recebido "mensagens agressivas e ofensas misóginas" desde a primeira postagem do ministro, que faz menção à matéria "Ministro entrega ônibus escolares comprados na gestão anterior e diz fazer 'muito com pouco'", publicada na segunda-feira, 7. "Ao identificá-la diretamente, deu instrumentos para que seus simpatizantes encontrassem seus perfis em redes sociais e a assediassem", diz a nota.

"Na tentativa de desqualificar a repórter, Abraham Weintraub escreveu entre aspas sua atividade ('jornalista' e 'jornalismo'), colocando em dúvida seu profissionalismo. O ministro tem direito de não gostar de uma reportagem e de criticar o autor ou a autora. No caso em questão, porém, não se trata de crítica, mas de ataque e tentativa de intimidação em uma plataforma pública."

Weintraub postou textos em uma rede social sobre o assunto na segunda, 7, e nesta quinta-feira, 9, afirmando que Isabela faz "péssimo jornalismo". "A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), a Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação) e a organização Jornalistas Contra o Assédio manifestam solidariedade a Isabela Palhares e repudiam a ironia feita pelo ministro Abraham Weintraub. Ataques pessoais a jornalistas e tentativas de desqualificar o trabalho da imprensa são expedientes antidemocráticos e agridem o direito à informação de toda a sociedade", completa nota das entidades.

Estadão
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