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Contrato de distribuidora chega ao fim, e e-books somem do Amazon; entenda

Empresa havia retirado títulos enquanto as negociações ocorriam; editoras reclamam de falta de comunicação

22 mar 2024 - 18h51
(atualizado às 22h59)
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Com fim de contrato entre Amazon e Bookwire, ebooks deixaram plataforma
Com fim de contrato entre Amazon e Bookwire, ebooks deixaram plataforma
Foto: Reprodução/Getty Images

Após meses de negociações, a Amazon e Bookwire, maior empresa de distribuição de livros digitais no Brasil, encerraram contrato. Com o fim da parceria comercial, os títulos foram removidos parcialmente da plataforma

A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 22, pela Amazon. Em nota, a empresa afirmou que, com o fim do contrato, “não tiveram outra alternativa senão remover os eBooks que eles distribuem globalmente para cumprir e respeitar o término do nosso direito contratual de revenda de eBooks”. 

“Os eBooks retornaram para o catálogo da Amazon assim que um novo contrato para revenda foi firmado entre as partes”, disse a Amazon em nota ao Terra

O problema é que, enquanto as negociações ocorriam, período que durou aproximadamente de 22 de fevereiro a 13 de março, os títulos foram retirados da plataforma causando um “apagão” de títulos. Segundo o colunista Walter Porto, do jornal Folha de S.Paulo, o problema afetou principalmente editoras pequenas e médias. 

Essas editoras estimam ter perdido quase toda a sua receita durante o processo de negociação e reclamam da falta de transparência e de comunicação por parte da Bookwire. De acordo com as casas ouvidas pelo colunista, só ficaram sabendo do problema depois que seus ebooks já tinham sido derrubados e, em muitos casos, por reclamações de leitores nas redes sociais. 

"A preocupação sobre o quanto deixei de vender nesse período é o de menos. A questão é como nós ficamos na mão de duas transnacionais com nosso produto. São duas empresas enormes discutindo um acordo que não sabemos qual foi. Nem sabemos o que estava em jogo. E o conteúdo é nosso”, desabafou Ivana Jinkings, diretora da Boitempo à coluna. 

A equipe de reportagem do Terra procurou a Bookwire para que pudesse se pronunciar, mas não recebeu retorno. 

À coluna, a empresa, que é alemã, disse que a renegociação começou em novembro, mas que demorou mais “porque as duas empresas estavam em busca das condições ideais para um acordo equilibrado, mas igualmente empenhadas em chegar em uma solução o mais rápido possível", ressaltando que defendia "em especial interesses das próprias editoras" e que "é padrão da Amazon retirar as obras enquanto as partes não chegam a uma decisão definitiva”. 

Fonte: Redação Terra
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