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Pesquisa mapeia as 10 melhores empresas para PCD trabalhar no Brasil

Entre companhias elencadas pelo Great Place to Work PCD 2021, 80% contam com líder responsável por combater discriminação e promover diversidade; Bradesco e Itaú estão no top 10

11 ago 2021 - 14h56
(atualizado em 25/8/2021 às 10h11)
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Apesar do saldo negativo entre contratações e demissões de pessoas com deficiência (PCD) nos últimos meses no Brasil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), há empresas dispostas a mudar esse cenário. É o que mostra novo levantamento do Great Place to Work, que avaliou as 10 melhores companhias para PCDs trabalharem.

Já na terceira edição, a pesquisa de 2021 contou com 72 inscritos e foi composta por duas etapas: quantitativa, em que a empresa precisava atingir a amostra mínima de 30 funcionários no total, e qualitativa, de avaliação das práticas culturais. As dez eleitas - em ordem alfabética - foram: Accenture do Brasil, Banco Bradesco S.A., Bristol Myers Squibb, Central Ailos, Cit, Dell Technologies, EY, IBM Brasil, Itaú Unibanco e Takeda Distribuidora.

"Essas empresas têm um número maior de PCDs no quadro de funcionários. Mas, mais do que isso, o que faz a diferença é a cultura de diversidade e inclusão. Não é algo pontual, apenas para cumprir metas e cotas. São práticas que já existem há tempos e estão internalizadas", explica Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais do Great Place to Work (GPTW) no Brasil.

Entre as mais bem avaliadas no ranking, 80% contam com alguém responsável por combater a discriminação e promover a diversidade. De acordo com Daniela, essa prática é cada vez mais comum entre as companhias brasileiras, ao analisar outros rankings do GPTW. Pode ser apenas uma pessoa, um líder de diversidade, comitê ou grupo designado para essa função.

Djalma Scartezini, gerente para diversidade e inclusão da EY, empresa que está entre as 10 no ranking da Great Place to Work para pessoas com deficiência. 
Djalma Scartezini, gerente para diversidade e inclusão da EY, empresa que está entre as 10 no ranking da Great Place to Work para pessoas com deficiência.
Foto: Divulgação / Estadão

"Há porta-vozes para diferentes tipos de diversidades, como representantes LGBT, de raça e de PCD, que vão exercer a escuta ativa. Eles sabem levantar exatamente as necessidades de cada grupo e como enfrentar de forma eficiente a questão da inclusão. Em vez de ser algo genérico, é uma prática mais customizada. Isso faz com que o assunto seja prioridade na empresa", ressalta a diretora de conteúdo do GPTW.

Chama a atenção também no estudo o fato de que 70% das empresas permitem que os funcionários participem de programas de voluntariado no horário de trabalho. Fora isso, 90% oferecem programas de coaching, bolsas de estudos para graduação ou pós e 80% tem universidade interna, bolsas para cursos de idiomas e mentoria.

Na distribuição etária dos funcionários das companhias, 42% têm entre 26 e 34 anos; 27% entre 35 e 44; e 17% deles têm até 25 anos. Com relação à escolaridade, 40% têm ensino superior completo, 28% pós-graduação e 24% ensino superior incompleto.

Entre os motivos que levam os funcionários a permanecerem nas melhores empresas PCD, 47% afirmam que é a oportunidade de crescimento, 19% qualidade de vida, e 18% alinhamento com valores.

5 práticas das 10 melhores empresas para PCD

  1. Treinamento dos líderes sobre questões relacionadas à diversidade e inclusão e viés inconsciente
  2. Grupos de afinidades/porta vozes dedicados
  3. Investimento constante em acessibilidade (tecnológica, móveis e infraestrutura)
  4. Busca em empresas especializadas, ONGs e parceiros para contratar pessoas com deficiência
  5. Deixam claro nas vagas em aberto que não há discriminação nas contratações. O incremento à comunicação, reforçando o posicionamento da empresa em relação às práticas e cultura de diversidade e inclusão, tem ganhado força nas políticas de contratação das empresas

Alelo lança capacitação gratuita para PCD

Na tentativa de diminuir o gap do mercado entre colaboradores PCD, a Alelo lança o programa Código sem Barreiras e selecionará 11 alunos para vagas na companhia. As inscrições vão até 13 de agosto para o programa, que é conduzido pela Share RH e une estratégias de seleção e treinamento, a fim de acelerar a formação de profissionais.

Podem se inscrever pessoas com deficiência ou neurodiversas, com conhecimento prévio em lógica de programação e na linguagem Java, disponibilidade para participar de 75% das aulas e acesso à internet e computador.

O processo seletivo ocorre de forma remota e conta com testes de lógica e Java (tipo de linguagem de programação), além de entrevistas individuais. Os resultados serão divulgados em 20 de agosto. As inscrições podem ser feitas por este link. As aulas acontecerão de 23 de agosto a 18 de setembro. Ao final da capacitação, os 35 selecionados ainda terão a oportunidade de participar de processo seletivo para 11 vagas da Alelo.

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Estadão
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