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Após Paraná, governo de Goiás recolhe livro 'O Avesso da Pele' de escolas estaduais

O livro ganhador do prêmio Jabuti de melhor romance literário, em 2021, foi criticado por uma diretora de escola do RS

7 mar 2024 - 18h23
(atualizado às 18h24)
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Resumo
A Secretaria de Educação de Goiás decidiu recolher "O Avesso da Pele" para analisar se a obra é adequada para a proposta pedagógica da rede pública do estado. A decisão ocorre após uma diretora de uma escola no Rio Grande do Sul criticar o livro nas redes sociais, gerando polêmica.
O governo federal condenou a tentativa de censurar livro O Avesso da Pele
O governo federal condenou a tentativa de censurar livro O Avesso da Pele
Foto: Divulgação

Depois do estado do Paraná, agora foi a vez da gestão de Goiás pedir o recolhimento do livro O Avesso da Pele após repercussão de crítica da diretora de uma escola do Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria de Educação de Goiás (Seduc), a decisão "tem a finalidade de possibilitar uma análise do livro quanto ao atendimento da proposta pedagógica da rede pública estadual de ensino."

A pasta afirmou que fará a leitura e análise para decidir se vai ou não distribuir o livro novamente. "O objetivo é assegurar que a obra literária que chegue à escola possa efetivamente contribuir com o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes com base no currículo estadual", afirma em nota.

Ainda de acordo com a secretaria de Goiás, o livro chegou às escolas via escolha na relação de obras literárias aprovadas no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2022 a ser utilizado a partir de 2023.

Com a repercussão de queixas com relação ao livro vencedor do Prêmio Jabuti 2021 de melhor romance literário, o Ministério da Educação (MEC) já havia esclarecido, por meio de nota, que o livro não precisa obrigatoriamente ser adotado pelas redes de ensino.

"A aquisição das obras se dá por meio de um chamamento público, de forma isonômica e transparente. Essas obras são avaliadas por professores, mestres e doutores que tenham se inscrito no banco de avaliadores do MEC. Os livros aprovados passam a compor um catálogo no qual as escolas podem escolher, de forma democrática, os materiais que mais se adequam à sua realidade pedagógica, tendo como diretriz o respeito ao pluralismo de concepções pedagógicas", afirma o ministério.

Diretora crítica livro e é acusada de censura

Uma diretora de uma escola no Rio Grande do Sul se revoltou com o conteúdo do livro, que disse ter "vocabulários de tão baixo nível", em um vídeo que roda pelas redes sociais. Janaína Venzon, da Escola Ernesto Alves, considerou a obra inadequada para alunos do ensino médio. A publicação gerou grande repercussão, tendo o livro atingido seu pico de pesquisas no Google após a diretora ser acusada de censura.

Após a crítica, o governo do Paraná decidiu recolher o livro das escolas estaduais. Já a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, onde foi feita a crítica pela diretora, afirmou que não vai retirar o livro das bibliotecas da rede estadual de ensino.

Fonte: Redação Terra
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