O Projeto Zoo Toque leva estudantes ao zoológico para descobrirem, pelo tato, como são os animais
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Além do tucano e da arara-canindé, recuperados do tráfico de animais e condicionados desde pequenos para não se assustarem com o toque das pessoas, os alunos do grupo também conheceram o elefante, o hipopótamo a girafa e outros animais
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
"É um mundo incrível, encantador, que eu vejo com as mãos. Achava que o tucano era um pouco maior do que isto, mas agora eu vi como ele é de verdade", diz Gabriel Fernando Silva, 18 anos
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Gabriel é um dos 12 alunos do Centro Educacional Setor Leste, uma escola pública de Brasília, que participaram de uma visita guiada ao zoológico de Brasília
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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Uma ave de asas leves, com bico quase de plástico e muito colorido. É assim que Gabriel Fernando Silva, 18 anos, enxerga o tucano, bicho que nesta segunda-feira segurou pela primeira vez. Totalmente cego desde que nasceu, ele garante que não precisa dos olhos para saber como é a beleza da natureza.
"É um mundo incrível, encantador, que eu vejo com as mãos. Achava que o tucano era um pouco maior do que isto, mas agora eu vi como ele é de verdade", disse. Gabriel é um dos 12 alunos do Centro Educacional Setor Leste, uma escola pública de Brasília, que participaram de uma visita guiada ao zoológico de Brasília, por meio do Projeto Zoo Toque. Ansioso, assim que chegou ao local, o jovem que sonha ser jornalista, perguntou: "Cadê o tucano que eu não vi?".
Igualmente encantado com a ave, Giovani Alziro, 20 anos, contou que mesmo antes de conhecê-la de perto, já tinha sua imagem construída na mente. "Na minha cabeça, o mundo das aves já estava todo formado. É um mundo muito colorido e, por isso, lindo. O tucano que eu peguei hoje, por exemplo, é azul e amarelo. Então sei que ele tem as cores do céu e do sol. Foi uma sensação incrível", descreveu.
Além do tucano e da arara-canindé, recuperados do tráfico de animais e condicionados desde pequenos para não se assustarem com o toque das pessoas, os alunos do grupo também conheceram o elefante, o hipopótamo e a girafa. Com a ajuda de monitores capacitados, esses dois últimos animais foram alimentados pelos jovens.
Ao segurar a alfafa, que serve de comida para o elefante, Andrea Lívia, 19 anos, ficou surpresa com a aspereza do vegetal. "Achava que era mais fofinho. É estranho, muito áspero", disse, intercalando sorrisos com uma careta por causa do cheiro forte do bicho. "O cheiro dele que não é bom. É muito marcante, não gostei muito", completou ela, que nasceu com deficiência visual em razão de uma rubéola contraída pela mãe durante a gestação.
Tainara de Almeida, 17 anos, logo percebeu que o local onde o elefante dorme tem pé direito alto. "Pelo eco que faz aqui, dá para ver que o teto é bem distante", observou. Segundo funcionários do zoológico, que confirmaram a percepção da menina, o lugar chamado de recinto do elefante tem, pelo menos, 5 metros de altura.
Para Jéssica Gomes, 19 anos, o que mais chamou a atenção foi a fome do hipopótamo. "A gente dava comida e ele sempre abria a boca de novo. Que bicho faminto", disse a jovem, que já tinha visitado o zoológico com a família, mas pela primeira vez alisou o pelo dos bichos.
"Achei o pelo dele gelado e molhado. Deu um nervosinho, mas foi muito gostoso", contou que também gostou de segurar o tucano. "Esse foi o bicho que achei mais bonito. Ele é lindo porque sei que come frutas. Como as frutas são lindas, ele também é", concluiu.
O professor Renato Soares, um dos que acompanhou o grupo, explicou que conhecer de perto os animais, principalmente os selvagens, entender o local onde vivem, do que se alimentam e observar suas dimensões enriquece o processo de aprendizagem, estimulando o interesse e aguçando a curiosidade dos alunos. Segundo ele, exatamente da forma como ocorre com qualquer estudante.
"Ensinamos o que está nos livros, mas quando vamos até o objeto do estudo e vemos de perto, tudo se torna mais real, mais concreto e mais encantador. É assim com os alunos que têm deficiência como com qualquer aluno", enfatizou.
Ele explicou que, para orientar a observação, são feitas comparações com elementos já conhecidos pelos adolescentes. Para ajudá-los a compreender o tamanho do elefante, por exemplo, o professor disse que era quase como uma van. "Eles podem não enxergar com os olhos, mas enxergam com os outros sentidos e vêem tudo, só que da maneira deles", acrescentou.
Ao longo de todo o ano, esses alunos farão visitas mensais ao zoológico. Na programação, desenvolvida por biólogos, zootecnistas e educadores ambientais da instituição, estão incluídas noções de fisiologia animal e de conscientização ambiental, além de observação do borboletário e do serpentário. A cada ano, o zoológico firma parceria com uma escola para desenvolver o projeto.
A coordenadora da iniciativa, Marcelle de Castro, explicou que o zoológico conta com estrutura para receber pessoas com deficiência qualquer dia da semana, mas enfatizou que para visitas orientadas é preciso fazer agendamento prévio por meio do telefone (61) 3445-7013.
A especialista em inclusão Claudia Werneck ressaltou que o direito ao lazer é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que deve ser assegurado com ampla e diversificada oferta.
"O direito ao lazer vale para para qualquer criança, com ou sem deficiência, e significa que elas devem não apenas estar nos espaços, mas participar e usufruir deles em plenas condições de acessibilidade. Isso deve valer para todas as crianças, em todos os espaços e em todos os momentos", disse a especialista, que é fundadora da Escola de Gente, organização não governamental que trabalha pela disseminação de políticas públicas inclusivas.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 600 milhões de pessoas com deficiência no mundo, mais da metade delas vivendo nas regiões pobres dos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Animais em abril: pescador captura bacalhau gigante na Noruega
O pescador alemão Michael Eisele posa ao lado do bacalhau-do-atlântico (Gadus morhua) que ele capturou na Noruega. O peixe, que pesa 47 quilos e tem 1,60 metro de comprimento, foi encontrado na região de Breivikfjord, ao norte do país nórdico. Esse tipo de animal, considerado ameaçado de extinção, pode atingir os 2 metros de comprimento e até 96 quilos de peso. Confira a seguir mais imagens de animais em abril
Foto: Reuters
Esta simpática perereca de olhos vermelhos foi fotografada por Sally Harmon. O concurso de fotografias de viagem da National Geographic de 2013 está aceitando inscrições até o dia 30 de junho.
Foto: crédito: Sally Harmon/National Geographic Traveler Photo Contest / BBC News Brasil
Um fotógrafo captou o momento em que uma elefanta parte para cima de um um bando de hienas que estavam atacando seu filhote. As cenas foram registradas pelo fotógrafo americano Jayesh Mehta, de 47 anos, na região de Savuti, no Parque Nacional de Chobe, em Botsuana
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
Jayesh conta como fez as imagens: "Ouvimos elefantes gritando em desespero. Ao deixarmos a pista e irmos para o mato, seguindo os sons, encontramos um grupo de 12 a 14 hienas perseguindo uma manada de cerca de oito elefantes".
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
A manada, de acordo com o fotógrafo, contava com duas fêmeas adultas, alguns elefantes adolescentes e um filhote de apenas alguns dias de idade
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
"As hienas estavam tentando chegar até o filhote, que, à altura em que lá chegamos, já havia sido ferido."
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
Mehta conta que o filhote estava bem próximo de sua mãe e que outros elefantes tentaram permanecer o mais perto possível do filhote
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
"Eles precisavam descansar regularmente, para seguir protegendo o bebê. E, a cada ocasião, formavam um círculo em torno do filhote", afirma. "Durante a perseguição, as hienas continuaram a arranhar o bebê, ferindo-o até seriamente, especialmente no seu traseiro'', relata o fotógrafo americano Jayesh Mehta
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
O fotógrafo se disse impressionado em ver como as hienas vinham de todos os lados, de modo a irritar os elefantes maiores e distraí-los
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
O embate entre os elefantes e as hienas durou cerca de uma hora. Depois de muita perseguição, os elefantes acabaram conseguindo escapar. ''Foi provavelmente uma das mais empolgantes experiências (que já vivi), à qual as fotos não são capazes de fazer justiça'', disse o fotógrafo
Foto: Jayesh Mehta/Caters / The Grosby Group
O casco resistente de uma tartaruga a salvou do ataque de um jacaré que tentou durante 15 minutos romper a estrutura em um parque nacional nos Estados Unidos. A armadura natural da tartaruga resistiu ao potente ataque durante tempo o suficiente para preservar sua vida
Foto: Patrick Castleberry/Caters News / The Grosby Group
A vitória da tartaruga inspirou o fotógrafo Patrick Castleberry a continuar retratando a vida selvagem e capturar registros de vitórias de pequenos animais sobre os grandes. "Quando o jacaré finalmente desistiu, caminhei até a tartaruga esperando que ela estivesse morto e fiquei pasmo ao descobrir ela viva e virada sobre o caso. Então virei ela, que voltou para a água"
Foto: Patrick Castleberry/Caters News / The Grosby Group
O jacaré não conseguiu romper casco da tartaruga mesmo após 15 minutos de luta no pântano Okefenokee, na Georgia (EUA)
Foto: Patrick Castleberry/Caters News / The Grosby Group
O fotógrafo Patrick Castleberry relata o momento do ataque: "Eu estava fotografando uma garça e vi pelo canto do olho o que parecia ser uma bola quicando ao lado da água. Rapidamente percebi o que era e pensei que o jacaré iria vencer no final e romper o caso"
Foto: Patrick Castleberry/Caters News / The Grosby Group
Imagem do Santuário da Vida Marinha de Hunstanton, no Reino Unido, mostra um ovo de tubarão fecundado
Foto: The Grosby Group
"Quando nós jogamos luz para checar, nós surpresos e encantados ao ver o embrião", diz Kirsty Sopp, funcionária do local
Foto: The Grosby Group
Os especialistas do santuário acreditam que a fêmea manteve guardado o esperma durante seis meses antes de fecundar os ovos, já que ele ficou um longo tempo sem contato com machos
Foto: The Grosby Group
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a espécie Chiloscyllium punctatum é considerada "quase ameaçada" de extinção. Pode ser encontrada em recifes de coral e os adultos chagam a, em média, 118 centímetros de comprimento
Foto: The Grosby Group
O treinador Siripas Intakanok orienta o tigre branco 'Justin' a reproduzir a coreografia da música Gangnam Style, do rapper sul-coreano Psy, em um safari da província tailandesa de Chiang Mai
Foto: EFE
Adestrado, o tigre 'Justin' costumava cruzar os braços sempre que fazia a tradicional saudação tailandesa aos visitantes do Chiang Mai Night Safari
Foto: EFE
Semelhança com a coreografia de Psy levou o treinador a aprimorar a 'dança'
Foto: EFE
'Justin' foi adestrado de forma a repetir a dança 'galopante' de Psy ao som de Gangnam Style
Foto: EFE
Cadela Delilah foi encontrada com a cabeça queimada, hipotermia e diversas marcas de mordida
Foto: The Grosby Group
Uma clínica veterinária cuidou do animal e os especialistas se surpreenderam com a recuperação
Foto: The Grosby Group
"A pele da face estava saindo e tinha sangue por todo o lado. Se ela tivesse sido trazida com seus donos, nós teríamos administrado eutanásia imediatamente", diz Julie Fox, 33 anos
Foto: The Grosby Group
Os veterinários acreditam que a cadela se feriu em uma rinha e foi abandonada pelos donos
Foto: The Grosby Group
Após se recuperar, a cadela foi adotada por Julie. "Ela está cheia de vida, ela me segue a todo lugar e ama brincar com meus outros cães"
Foto: The Grosby Group
Segundo o site do jornal Daily Mail, a cadela tem 18 meses e é da raça Patterdale Terrier
Foto: The Grosby Group
O celacanto teria evoluído ao seu estado atual há cerca de 400 milhões de anos. Uma equipe de pesquisadores partirá nesta segunda-feira para uma expedição em cavernas profundas da África do Sul para tentar encontrar o peixe, considerado um ''fóssil vivo'' por ser extremamente raro
Foto: BBC News Brasil
Biólogos terão que mergulhar a mais de cem metros em cavernas em uma baía na costa oeste do país para alcançá-los
Foto: BBC News Brasil
Os pesquisadores pretendem instalar dispositivos acústicos no peixe para estudar seu comportamento e captar imagens tridimensionais de seu corpo em movimento
Foto: BBC News Brasil
O líder da expedição, Laurent Ballesta, da organização Andromede Oceanology, disse que os animais são tão raros que se deparar com um deles é quase como encontrar um dinossauro
Foto: BBC News Brasil
O celacanto era dado como extinto até o final da década de 1930, quando espécimes foram encontrados no litoral da África do Sul
Foto: BBC News Brasil
Imagens as novas atrações de um zoo francês: três filhotes de leão branco que não cansam de brincar e de trocar carícias
Foto: AFP
Os animais recebem o carinho da mãe, a leoa Sweleka
Foto: AFP
Eles nasceram no dia 23 de fevereiro e apresentam boa saúde, segundo a direção do zoo
Foto: AFP
Os animais nasceram em fevereiro e foram apresentados ao público pela primeira vez
Foto: AFP
São dois machos e uma fêmea que vivem no zoológico de Pont-Scroff
Foto: AFP
Sapo-de-barriga-vermelha é endêmico, ou seja, só tem ocorrência em uma região. Por causa dessa espécie, a obra de uma hidrelétrica foi parada no RS.
Foto: Axel Kwet/Berkeley / Wikimedia
Sesame, um cachorro de dois anos da raça shar-pei, sofria com excesso de dobras na pele do rosto. A pele, enrugada demais, acarretava problemas para o cão: ele mal podia abrir os olhos e era muito suscetível a erupções cutâneas (bolhas na pele). O peso das dobras também fechava o acesso aos ouvidos e fez com que ele desenvolvesse infecções. Esta imagem de 28 de fevereiro mostra o animal antes da cirurgia
Foto: AP
O cachorro da raça shar-pei passou por uma cirurgia destinada a ajudá-lo a enxergar e ouvir melhor
Foto: AP
Imagem de 13 de março, depois de realizada a cirurgia, mostra Sesame já sem o excesso da pele enrugada demais
Foto: AP
Caracóis gigantes, que infestam casas nos EUA, ameaçam as plantas e também podem trasmitir meningite.