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Cada vez mais alérgicos, brasileiros buscam alimentos livres de soja

Apesar de caminhar devagar, fabricação de produtos isentos do grão já dá suas caras

14 ago 2017 - 17h58
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Mais de um terço dos brasileiros tem algum tipo de alergia. Segundo a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), cerca de 5% dos adultos e 8% das crianças convivem com alergias alimentares. Entre os alergênicos mais comuns estão a soja, produto utilizado na fabricação de diversos alimentos.

Foto: DINO

Além de estar presente na composição de produtos como óleo, tofu, shoyu, papinhas, sucos e temperos, a soja pode aparecer em pequena quantidade em outras embalagens. Um saco de feijão, por exemplo, pode ter traços de soja porque os grãos ficaram armazenados juntos.

Outra situação é quando produtores intercalam suas plantações com a de soja. Dessa forma, é comum encontrar pacotes de farinha de trigo com a indicação "pode conter traços de soja".

Um desafio diário para as mães

Diante desse cenário, encontrar alimentos que são livres de soja se torna um grande desafio para qualquer família brasileira. Essa dificuldade é enfrentada diariamente pela advogada Natália Bravim, 35, mãe de quatro crianças - três delas com restrições alimentares.

A filha mais nova dela, de apenas um ano de 11 meses, e a de 4 anos não podem consumir nada que contenha soja. A bebê tem ainda outras restrições que foram descobertas depois de alguns sustos e tentativas para acertar a alimentação ideal.

"Estava atrofiando seu desenvolvimento e isso foi piorando com um quadro constante e diário de vômito, alergias na pele e diarreia fortíssima. Foi quando passamos na alergista, fizemos exames e descobrimos a síndrome FPIES e todos os alimentos que faziam mal pra saúde dela. A soja estava envenenando minha filha e impedindo seu desenvolvimento físico", relata.

A síndrome citada por Natália tem o leite de vaca e a soja como gatilhos principais, mas também pode ser causada por outros alergênicos.

A bancária Carolina Magalhães Gonçalves, 36, tem um filho de sete meses. Aos três meses de vida, o bebê deu sinais de que possuía algum tipo de alergia alimentar. "Ele começou a apresentar dor abdominal, gases, baixo ganho de peso e muita irritação durante a amamentação, muco e sangue nas fezes", conta.

Uma primeira tentativa de reverter a situação foi restringir o leite e seus derivados da dieta materna, pois já havia o diagnóstico de APLV (alergia à proteína do leite). Como tudo continuava igual, Carolina retirou também os alimentos com soja ou traços de soja da dieta.

Ela afirma que só a partir disso os sintomas do bebê cessaram. Hoje, a bancária sabe que seu filho é alérgico à soja, à proteína do leite, ao ovo e possivelmente à carne vermelha.

"Descascar mais e abrir menos"

Carolina diz que "descasca mais e abre menos" para oferecer uma dieta adequada ao seu filho. Ela afirma que é muito difícil encontrar alimentos totalmente livres de soja. Por isso, a preferência por frutas, legumes, verduras e pães feitos em casa.

Essa indisponibilidade de produtos fez nascer a Gerônimo Foods, que tem 100% dos seus alimentos isentos de soja. Segundo Tatiana Carrieri, engenheira de alimentos e diretora industrial da empresa, tudo é feito com ingredientes de alto valor proteico - como grão-de-bico, quinoa, lentilha, semente de girassol, chia e feijão.

"No caso de grão-de-bico, que é muito utilizado por nós, o nível de proteína é apenas 20% menor do que o contido na carne de boi", afirma.

A Gerônimo Foods produz hambúrgueres, quibes, kaftas e bolinhos que são revendidos em mais de cem estabelecimentos físicos na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro, além de e-commerces voltados a produtos vegetarianos e veganos.

Uma dessas lojas online é a VegaSite, que tem 30% das vendas representadas pelos alimentos livres de soja. De acordo com o empresário Ricardo Campos, muitas pessoas alérgicas procuram o site em busca de indicações de produtos sem soja ou traços do grão.

"Boa parte dos produtos veganos e vegetarianos contêm soja nos ingredientes, mas é importante buscar alternativas para ter uma alimentação mais completa", afirma Ricardo.

Os produtos disponíveis na VegaSite (www.vegasite.com.br) podem ser enviados para todo o país, exceto os alimentos congelados e queijos, que são entregues na capital paulista, região metropolitana e em cerca de 100 cidades no interior e litoral de SP.

Website: http://www.vegasite.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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