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Coronavírus

Magazine Luiza corta salários de executivos e renegocia contratos com fornecedores

Em relação aos cerca de 20 mil funcionários, a empresa informou que antecipou e pagou as férias, mas que deve aderir ao programa de suspensão de contratos do governo

7 abr 2020 - 21h19
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O Magazine Luiza anunciou medidas para conter gastos com pessoal e despesas com fornecedores, além de fazer uma captação no mercado, com o objetivo de atravessar o período da crise provocada pela pandemia do novo coranavírus. Desde março, as mais de 1.100 lojas físicas da varejista estão fechadas.

Em comunicado enviado ao mercado no início da noite e assinado pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Roberto Bellissimo Rodrigues, a empresa informou que vai cortar em 80%, por três meses, o salário dos principais executivos da empresa: o CEO e o vice-presidente de operações. Nesse período, os ganhos de 12 diretores executivos e sete membros do Conselho de Administração cairão pela metade. Os demais diretores terão um corte de 25% no contra cheque.

A rede varejista também informou que iniciou um "amplo movimento de renegociação de contratos com fornecedores diretos e indiretos, com o objetivo de reduzir custos e ampliar prazos de pagamentos". Nessa renegociação, a companhia informa que pretende preservar e apoiar os fornecedores menores, que estão mais fragilizados pela crise.

Em relação aos cerca de 20 mil funcionários, o comunicado informou que antecipou e pagou as férias, depois que as lojas foram fechadas no mês passado. No momento, a empresa está fazendo um plano para avaliar como colocará em prática Medida Provisória (MP) 936/2020 que prevê a suspensão de contrato de trabalho por 60 dias e pagamento parcial dos salários via seguro desemprego, além de redução proporcional de 70% da jornada e salários por três meses.

"Estamos fazendo um capacity planning exaustivo para os próximos meses, a fim de determinar a abrangência e as modalidades dos instrumentos previstos na MP que serão aplicados", diz Rodrigues, em comunicado. Segundo ele, a intenção de fazer uso da MP é não demitir funcionários por conta crise.

Além de cortar despesas, a empresa vai fazer uma captação de mais R$ 800 milhões por meio de uma emissão de debêntures para reforçar o caixa no período de vacas magras no varejo. A companhia ressalta que terminou o ano de 2019 com uma posição de caixa e recebíveis robusta, de R$ 7 bilhões.

Estadão
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