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Coronavírus

Em discurso sem menção a Biden, Trump diz que EUA não adotarão lockdown

Presidente foi derrotado pelo rival democrata nas eleições, mas ainda não aceitou publicamente o resultado. Resposta do governo Trump à pandemia é criticado por muitos americanos. EUA lidera em casos e mortes de covid-19 no mundo.

13 nov 2020 - 19h30
(atualizado às 19h45)
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Em seu primeiro discurso após as projeções de apuração apontarem vitória de Joe Biden nas eleições americanas, o presidente Donald Trump não fez nenhuma menção ao democrata.

Reação do governo Trump à pandemia é criticado por muitos americanos
Reação do governo Trump à pandemia é criticado por muitos americanos
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Ao comentar a resposta do país à pandemia, Trump disse que os Estados Unidos não adotarão o lockdown para conter a propagação do novo coronavírus.

O termo se refere a medidas de isolamento social mais rígidas, em que a circulação de pessoas é restringida ao máximo e o funcionamento de empresas e estabelecimentos comerciais fica limitado aos setores considerados essenciais.

"Este governo não vai para um lockdown, aconteça o que acontecer no futuro, quem sabe qual será, acho que o tempo dirá. Mas posso dizer a vocês este governo não irá para um lockdown."

O presidente americano até agora se recusou a aceitar publicamente sua derrota, embora tenha usado o Twitter várias vezes desde a eleição de 3 de novembro para insistir que contestará o resultado.

Trump vem fazendo acusações de fraude nas eleições sem apresentar provas e também questiona a validade de votos pelo correio, que são legais nos Estados Unidos.

Trump vem fazendo acusações de fraude nas eleições sem apresentar provas
Trump vem fazendo acusações de fraude nas eleições sem apresentar provas
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Operação Warp Speed

O evento de hoje na Casa Branca foi apenas a segunda aparição pública que ele fez desde a semana passada e a primeira desde que a vitória de Biden foi declarada, com base na projeção do resultado no Estado da Pensilvânia a favor do democrata, no último sábado.

No discurso, Trump também elogiou o sucesso da Operação Warp Speed, programa federal que distribuiu US$ 13 bilhões (R$ 71 bilhões) entre ao menos 14 candidatas a vacina contra covid-19.

"Nenhum avanço médico deste escopo ou magnitude foi alcançado tão rapidamente", disse ele, dando crédito ao desenvolvimento de uma vacina para sua administração.

Até o momento, não foi comprovada a eficácia de nenhum imunizante em teste.

Trump novamente se referiu à covid-19 como o "vírus da China", algo que o presidente disse repetidamente desde o início da pandemia, quando o vírus foi detectado pela primeira vez na China.

A reação do governo Trump à pandemia é criticado por muitos americanos. Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia no mundo. Foram registrados até agora 10,7 milhões de casos e 243,5 mil mortes.

O país passa neste momento por uma segunda onda de contágio pelo coronavírus, que também voltou a se propagar com força na Europa.

Isso fez com que, no início de novembro, pela primeira vez desde o começo da pandemia, o mundo tenha atingido 11 mil mortes diárias causadas pela covid-19, segundo dados da Universidade John Hopkins.

No dia 4 de novembro, foram 11.002 mortes e no dia 11 de novembro, 11.617.

A única vez em que o número de mortos por dia chegou a um patamar parecido foi no meio de agosto, quando houve 10.128 mortes no dia 14.

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