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Coronavírus

Brasil muda protocolo e aumenta testagem para coronavírus

23 mar 2020 - 16h54
(atualizado às 16h58)
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O governo federal vai mudar o protocolo de testagem para coronavírus e passará a testar todos os profissionais de saúde em contato com a doença e todas as pessoas que procurarem os postos de saúde com síndromes gripais, além dos casos graves e óbitos, que já vêm sendo testados atualmente, disse à Reuters nesta segunda-feira uma fonte que acompanha o tema.

23/03/2020
REUTERS/Denis Balibouse
23/03/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

A mudança no protocolo foi decidida pela ampliação do acesso do governo a testes e novos testes rápidos, com fabricantes e empresas colaborando para que os kits sejam adquiridos.

No domingo, a Vale anunciou a compra de 5 milhões de testes rápidos na China, para doação ao governo federal. Segundo o Ministério da Saúde, esses testes, cujos resultados saem em até 15 minutos, serão usados em profissionais de saúde.

A Vale estima que um primeiro lote, de 1 milhão de kits, possa ser entregue no Brasil no início de abril.

A empresa Marfrig Global Foods anunciou, nesta segunda-feira, a doação de 7,5 milhões de reais para o governo federal comprar kits de testagem, o que permitiria a aquisição de 100 mil kits.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, em entrevista coletiva no domingo, que o governo federal tentaria fazer parcerias com a iniciativa privada para ampliar a aquisição de kits de testes.

Na semana passada, o ministro chegou a criticar a Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende a testagem da maior quantidade possível de pessoas que tiveram contato com doentes como forma de controlar a epidemia, já que uma grande parte das transmissões vem de pessoas assintomáticas.

Mandetta alegou que seria um "desperdício, do ponto de vista sanitário" de recursos preciosos para os países, e que a Coreia do Sul, que controlou a epidemia usando o recurso de realizar testes em larga escala, era um país muito menor que o Brasil.

"Tudo que é comentado na história das epidemias é fazer as testagens até que você tenha transmissão sustentável. E a partir do momento que você tem transmissão sustentável, fazer por sentinela e amostragem", afirmou.

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