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Coronavírus

Bolsonaro espera não precisar prorrogar auxílio, mas diz que governo 'se prepara para tudo'

Na última segunda-feira, Paulo Guedes já havia dito que ajuda será prorrogada apenas em caso de segunda onda da pandemia; presidente disse economia teria quebrado se não fosse a medida

24 nov 2020 - 20h09
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira, 24, esperar que não seja necessária uma nova prorrogação do auxílio emergencial, mas manteve em aberto a possibilidade de o governo oferecer novas parcelas do benefício, criado na crise sanitária da covid-19.

Em conversa com populares ao retornar ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi perguntado se havia a chance de nova prorrogação. "A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Mas esperamos que não seja necessário. A gente espera que não seja necessário porque tem sinal que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil", respondeu.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que o pagamento do auxílio será encerrado em dezembro e que nova extensão não está nos planos. No entanto, o chefe da área econômica tem dito que o governo saberá atuar contra eventual recrudescimento da situação de emergência e que, em caso de prorrogação do benefício, sabe os nomes dos beneficiários que vão precisar continuar recebendo o auxílio.

Uma nova prorrogação está no radar por caua da ameaça de uma segunda onda da covid-19. "Estamos preparados para reagir, mas não adianta criar fatos que não existem. Se tiver segunda onda [da pandemia], já sabemos como reagir, o que funcionou e o que não funcionou, sabemos o nome dos beneficiários que realmente precisam", disse Guedes, na segunda-feira.

O auxílio emergencial começou a ser pago em maio pelo governo, no valor de R$ 600. Seria oferecido até julho, mas foi prorrogado até setembro. Depois, foi esticado até dezembro. O valor foi reduzido à metade nas últimas parcelas.

"Se não fosse toda aquela quantidade de auxílio que nós fizemos, entre eles o emergencial, realmente a economia tinha quebrado no Brasil. Então a gente espera que não seja necessário e que o vírus aí esteja realmente de partida do Brasil", afirmou Jair Bolsonaro, nesta terça.

O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, também disse hoje que, se preciso for, a prorrogação de medidas do combate à covid-19, como o auxílio emergencial, será feita em "menor escala".

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, calcula que uma prorrogação, por quatro meses, do auxílio emergencial, no valor de R$ 300, para cerca de 25 milhões de pessoas (beneficiários do Bolsa Família e quem perdeu o emprego por causa da pandemia) custaria aos cofres públicos cerca de R$ 15,3 bilhões. Hoje, o auxílio é pago a 67,8 milhões de brasileiros.

Estadão
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