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Ministro Ricardo Salles é internado em Brasília

Ministro foi levado ao Hospital das Forças Armadas; ainda não há informações sobre seu estado de saúde

28 ago 2019 - 09h02
(atualizado às 11h04)
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de 44 anos, está internado no Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília. Segundo a unidade de saúde, o quadro dele é estável. A informação é de que o ministro passou mal nesta terça-feira, 27, no fim do dia e se internou para a realização de exames. Não há perspectiva de alta. Um novo boletim deverá ser divulgado às 16 horas desta quarta-feira, 28.

Ministro Ricardo Salles
24/08/2019
REUTERS/Adriano Machado
Ministro Ricardo Salles 24/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"No momento da admissão, encontrava-se assintomático", diz o boletim de médico. "Entretanto, a equipe assistente optou pela internação hospitalar para realização de exames de rotina. Evoluiu durante o período noturno sem intercorrências clínicas. Atualmente, segue com quadro clínico estável."

Salles era esperado na manhã desta quarta em evento da Marinha, onde será assinado um acordo de cooperação que trata sobre o lixo marinho.

Segundo uma fonte ouvida pelo Estado, o ministro chegou a ser levado à unidade de terapia intensiva (UTI), foi submetido a exames cardiológicos e já está sendo transferido para um quarto para seguir em "observação".

Crise das queimadas na Amazônia

O ministro e o governo Bolsonaro enfrentam nas últimas semanas uma crise na área ambiental, com o aumento das queimadas na Amazônia e a pressão internacional pelo fim dos incêndios florestais. Entre 1.º de janeiro e 24 de agosto deste ano, o Brasil registrou o maior número de focos de incêndio dos últimos sete anos. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram 79.513 focos, alta de 82% em relação ao mesmo período do ano passado. E a alta estaria relacionada ao aumento do desmatamento na região.

No cenário internacional, a maior cobrança em relação às queimadas partiu do presidente francês, Emmanuel Macron, que trocou acusações com Bolsonaro e levou a questão para a discussão na cúpula do G-7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). 

Em meio à crise, Salles, classificou como "excelente" e "bem-vinda" a ajuda de cerca de R$ 83 milhões do G-7 para combater os incêndios na Amazônia, anunciada na segunda-feira, 26. Mas o governo federal recusou a ajuda no mesmo dia. Já na terça-feira, 27, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros disse que o governo não descarta receber ajuda.

No entanto, sobre a proposta de apresentar um plano de reflorestamento para o Brasil e países vizinhos, com ajuda de organizações não governamentais (ONGs), Salles havia afirmado que a decisão de como aplicar o dinheiro ficará a critério do governo.

Em entrevista exclusiva ao Estado, Salles afirmou que "essa história de que a Amazônia pertence à humanidade é bobagem" e que "durante trinta anos o Brasil seguiu uma agenda ambiental que não soube conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação".

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Estadão
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