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Precursor da nanotecnologia, Richard Feynman nasceu há 95 anos

Físico participou do projeto que criou a bomba atômica na 2ª Guerra

11 mai 2013 - 08h08
(atualizado às 08h08)
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Richard Feynman no laboratório americano Fermilab
Richard Feynman no laboratório americano Fermilab
Foto: Fermilab / Divulgação

Pioneiro na área de computação quântica, o físico americano Richard Feynman (1918 - 1988) nasceu há 95 anos em Nova York. Precursor nos estudos sobre o controle e manipulação da matéria em escala atômica, introduziu o conceito de nanotecnologia em conjunto com os seus trabalhos na área de física teórica. Sem utilizar, porém, o prefixo "nano", Feynman defendeu em seus trabalhos que não existia nenhum obstáculo teórico à construção de pequenos dispositivos compostos por elementos muito pequenos - no limite da composição átomo a átomo - e abriu as portas para o desenvolvimento de aparelhos cada vez menores e mais poderosos.

Richard Phillips Feynman sugeriu a manipulação de átomos em escala nanométrica (um nanômetro equivalente a um bilionésimo de metro) em 1959, durante uma palestra intitulada "Há mais espaços lá embaixo". Naquela época, o americano analisava a produção de componentes eletrônicos nas menores dimensões imagináveis. Anos depois, Feynman foi também um dos primeiros cientistas a estudar os limites da física quântica nos processos usados por computadores, contribuindo para o desenvolvimento da computação quântica.

Em 1965, recebeu o prêmio Nobel de Física por conta de uma pesquisa da transformação de um fóton em um elétron e um pósitron, assim como a descoberta de um método revolucionário de medir as mudanças nas cargas e na massa na eletrodinâmica quântica, teoria que descreve a interação entre luz e matéria. O físico trabalhou na teoria das interações fracas - uma das quatro interações fundamentais na natureza - na década de 1950, e pesquisou as interações fortes nos anos 1960.

Foi a partir desse último trabalho que ele contribuiu para a criação de armas nucleares, entre 1942 e 1946. Feynman, assim como muitos físicos, foi solicitado pelo governo americano durante a Segunda Guerra Mundial para trabalhar no Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica. Responsável pelo departamento computacional do projeto durante quatro anos, Feynman voltou à pesquisa básica ao fim da guerra.

Críticas ao sistema de ensino de ciências no Brasil

Feynman visitou o Brasil no início da década de 1950, onde lecionou no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, localizado no Rio de Janeiro. A partir da experiência no País, ele formulou críticas ao sistema de ensino de ciências no Brasil e, baseado nas falhas que observou nos alunos brasileiros durante o aprendizado, contestou o método de aprendizado que prioriza a memorização mecânica em vez do uso do raciocínio.

Em seu livro O sr. está brincando, Sr. Feynman - As estranhas aventuras de um físico excêntrico, lançado em 1985, ele relata sua passagem pelo Brasil e comenta sua participação no Projeto Manhattan, que produziu a primeira bomba atômica da história durante a Segunda Guerra Mundial. O físico trata ainda de assuntos mais leves, como sua fascinação por quebrar códigos, estudar várias línguas e se aventurar no mundo das artes e do samba. A obra teve mais de 500 mil cópias comercializadas.

Richard Feynman  estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e se pós-graduou no Instituto de Estudos Avançados de Princeton - que foi residência acadêmica de Albert Einstein -, e deu aulas na Universidade de Cornell e no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

Fonte: Terra
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