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Como era o 'maior dinossauro da Europa', recém-descoberto no Reino Unido

Paleontólogos da Universidade de Southampton identificaram os fósseis de um predador que tinha mais de 10 metros de comprimento.

10 jun 2022 - 11h10
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O dinossauro era um predador bípede com cara de crocodilo — e media mais de 10m de comprimento
O dinossauro era um predador bípede com cara de crocodilo — e media mais de 10m de comprimento
Foto: AFP / BBC News Brasil

Fósseis do que pode ter sido o maior dinossauro predador terrestre da Europa foram descobertos na Ilha de Wight, no Reino Unido.

Paleontólogos da Universidade de Southampton, na Inglaterra, identificaram os restos mortais como sendo de uma criatura que media mais de 10 metros de comprimento e viveu há 125 milhões de anos.

Os fósseis pré-históricos pertenciam a um dinossauro espinossaurídeo predador bípede, com cara de crocodilo.

De acordo com o estudante de doutorado Chris Barker, que liderou a pesquisa, era um "animal enorme"

Os restos mortais, que incluem vértebras pélvicas e caudais, foram descobertos na costa sudoeste da Ilha de Wight.

O carnívoro foi apelidado de "espinossaurídeo de rocha branca", devido à camada geológica em que seus fósseis foram encontrados.

"Era um animal enorme, com mais de 10 metros de comprimento e um peso provavelmente de várias toneladas", afirmou Barker.

"A julgar por algumas das dimensões, parece representar um dos maiores dinossauros predadores já encontrados na Europa — talvez até o maior que se conhece."

Ele teria vivido no início de um período de elevação do nível do mar e teria percorrido lagunas e planícies de areia em busca de comida.

"Como só é conhecido a partir de fragmentos no momento, não demos um nome científico formal. Esperamos que restos adicionais apareçam a tempo", diz Darren Naish, coautor da pesquisa.

A maioria dos fósseis foi encontrada pelo caçador de dinossauros Nick Chase, da Ilha de Wight, que morreu pouco antes da pandemia de covid-19.

"Eu estava procurando por fósseis deste dinossauro com Nick e encontrei um pedaço de pélvis com túneis perfurados — cada um do tamanho do meu dedo indicador", contou Jeremy Lockwood, outro coautor do estudo, que é aluno de doutorado da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e do Museu de História Natural.

"Achamos que foram causados por larvas comedoras de ossos de um tipo de besouro necrófago. É interessante pensar que esse assassino gigante acabou se tornando uma refeição para um monte de insetos."

A descoberta segue um trabalho anterior sobre espinossaurídeos da equipe da Universidade de Southampton, que publicou um estudo sobre a descoberta de duas novas espécies em 2021.

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