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Eleitor não perde voto ao apertar 'Confirma' durante aviso para conferir escolha na urna eletrônica

Aviso na tela foi implementado a partir das últimas eleições gerais, e tem como objetivo somente permitir que o eleitor revise o voto

10 set 2024 - 14h19
(atualizado às 18h24)
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Resumo
FALSO - Vídeo de 2022 que voltou a circular nas redes sociais mente ao afirmar que o eleitor pode perder voto se apertar a tecla “Confirma” durante a exibição de uma mensagem de verificação na urna eletrônica. O aviso na tela de “Confira seu voto” foi implementado a partir das últimas eleições gerais, e tem como objetivo somente permitir que o eleitor revise o voto antes da confirmação.
Post falso foi compartilhado no WhatsApp
Post falso foi compartilhado no WhatsApp
Foto: Projeto Comprova

Conteúdo investigado: Homem afirma, em vídeo, que o eleitor pode perder o voto caso aperte a tecla "Confirma" ao aparecer mensagem de verificação “Confira seu voto” na tela da urna eletrônica.

Onde foi publicado: WhatsApp.

Conclusão do Comprova: O eleitor não perde o voto ao apertar a tecla “Confirma” enquanto é exibida a mensagem “Confira seu voto” na urna eletrônica. Conteúdo informando o contrário é falso e já foi desmentido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições gerais de 2022, mas voltou a circular nas redes sociais com a proximidade do pleito municipal de 2024.

Naquele ano, o TSE estreou um novo modelo de urna, o UE2020. O equipamento trouxe mudanças em relação à versão anterior, de 2015. Entre elas estava a implementação de um breve período de espera antes da confirmação do voto. Com duração de um segundo, a mensagem surge após o preenchimento dos números dos candidatos escolhidos, assim como dos votos nulos ou em branco. É depois deste alerta que o eleitor pode clicar em “Confirma” ou “Corrige”.

Para as eleições deste ano, um novo modelo de urna, o UE2022, será utilizado. Segundo o tribunal, as diferenças em relação ao modelo anterior são mínimas, com mudanças apenas no design e melhorias relacionadas à capacidade de processamento das informações e à interação com o mesário e a configurações de segurança do equipamento. Não há alterações relacionadas às mensagens exibidas na tela.

Em 2022, com a novidade, o TSE divulgou um vídeo educativo nas redes sociais. Após a circulação de desinformação sobre o “Confira seu voto”, o órgão divulgou um esclarecimento, que já foi atualizado em 2024, já que o conteúdo falso voltou a circular.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. No WhatsApp, não há como mensurar o alcance do conteúdo, mas o aplicativo indica que ele foi compartilhado com frequência.

Fontes que consultamos: TSE.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: A Justiça Eleitoral mostrou que o vídeo confunde ao afirmar que mensagem “Confira seu voto” pode anular voto de eleitor. O Comprova já fez diversas checagens sobre o voto nas eleições, como de outro vídeo que mostra site falso para alegar que mortos teriam votado nas eleições de 2022 e que não há comprovação de que urna tenha impedido voto em Jair Bolsonaro (PL) no Pará. Além disso, o Comprova esclareceu dúvidas sobre o que é permitido ou não na hora de votar.

* Projeto Comprova é uma iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada e mantida pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que reúne jornalistas de 42 veículos de comunicação brasileiros --incluindo o Terra-- para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos sobre políticas públicas, eleições, saúde e mudanças climáticas que foram compartilhadas nas redes sociais.

Fonte: Projeto Comprova
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