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Cardeais acusados de encobrir escândalos de abuso vão escolher novo papa

Lista dos 'doze sujos' é divulgada pela Rede de Sobreviventes de Abusos por Padres

21 abr 2025 - 12h52
(atualizado às 16h27)
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Canonização de Carlo Acutis, o 'padroeiro da internet', é suspensa após morte do papa Francisco:

Elaborada pela Rede de Sobreviventes de Abusos por Padres (SNAP), a lista dos "doze sujos" nomeia os cardeais que possuem envolvimento com escândalos de abuso sexual e que integram o grupo dos que escolherão um novo pontífice.

Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, o Vaticano se prepara para o Conclave. O processo definirá o substituto de Francisco por meio do voto dos cardeais eleitores, ou seja, aquelas que possuem menos de 80 anos até a data de morte do atual pontífice. Dois cardeais brasileiros --Sérgio da Rocha e Leonardo Ulrich Steiner--  estão entre os mais cotados para suceder o argentino. Vale lembrar também que dos oitos cardeais brasileiros, apenas um não estará apto a participar da seleção por causa da idade.

A lista divulgada pela SNAP leva em consideração acusações de abuso reportadas pela mídia, processos judiciais e declarações das vítimas. Além disso, também considera os cardeais que acobertaram estas acusações.

Cardeais vestindo ternos vermelhos na sacada da Basílica de São Pedro após a eleição do novo Papa. Procedimento eleitoral também conhecido como conclave papal ou reunião do Colégio Cardinalício no Vaticano em 19 de abril de 2005.
Cardeais vestindo ternos vermelhos na sacada da Basílica de São Pedro após a eleição do novo Papa. Procedimento eleitoral também conhecido como conclave papal ou reunião do Colégio Cardinalício no Vaticano em 19 de abril de 2005.
Foto: Getty Images

"Esta é uma crise generalizada, antiga e profundamente enraizada na Igreja. Ela perdura há séculos. Aqui estão os 12 cardeais que consideramos as piores escolhas em termos de proteção de crianças e auxílio às vítimas", diz a organização. Veja a lista:

James Peter Sartain 

Enquanto arcebispo da Diocese de Joliet, nos Estados Unidos, ele foi criticado por ter ordenado o Padre Alejandro Flores, em 2009, acusado de abuso sexual e por assistir pornografia masculina. Flores chegou a ser sentenciado a quatro de prisão, em 2010, po ter abusado de um menino. 

Timothy Dolan 

Dolan também está entre os cardeais que acobertaram acusações de abuso sexual contra padres. Em 2012, o Padre Jaime Duenas foi preso por ter abusado de uma menina de 16 anos durante três dias. Na época, Dolan ficou do lado de Duenas e acusou a menina estar mentindo. 

Daniel DiNardo 

Em 2007, ele manteu em segredo, por dois meses, a acusação de abuso sexual contra o padre Stephen Horn. Segundo a SNAP, a demora de DiNardo ocorreu nas semanas em que o papa o nomearia como Cardeal. Alguns fiéis especularam que DiNardo não queria que a notícia se espalhasse, para não atrapalhar sua promoção. 

Sean O’Malley 

O cardeal foi acusado de violar a política de prevenção de abuso sexual infantil dos bispos dos Estados Unidos, ou seja, ele não estava orientando crianças sobre como evitar ou denunciar um abuso sexual. Em 2006, ele interferiu em uma investigação contra um funcionário acusado de abuso sexual. 

Justin Rigali 

Em fevereiro de 2011, Rigali chegou a afirmar que não existiam padres na Arquidiocese da Filadélfia com acusações de abuso sexual. No entanto, um mês depois, ele suspendeu 37 padres por estas mesmas alegações. 

Robert Finn 

Ele enfrentou acusaações criminais no condado de Jackson por ter encoberto os crimes do padre Shawn Ratigan, preso com pornografia infantil em seu computador diocesano. Ao invés de entregar o laptop à polícia, Finn devolveu o aparelho à família de Ratigan. 

Daniel Walsh 

Walsh se recusou a remover o padre Joseph Alzugaray, depois de ele ter sido acusado de abusar repetidamente de várias jovens. O mesmo ocorreu quando o padre Francisco Ochoa foi acusado de abuso em 2005, o que permitiu que ele fugisse do país e retornasse ao México, permanecendo em liberdade até 2009, quando morreu.

Edward Egan 

Em 2007, ele permitiu que o diretor de uma escola católica de Nova York continuasse trabalhando, mesmo depois de terem encontrado imagens sexuais em seu computador. Em 2012, ele disse que se arrependia de ter "pedido desculpas" às vítimas de abuso do clero e que não acreditava que as autoridades da igreja pudessem ter feito algo errado. 

Carlos Sevilla 

Em 2008, o bispo contrato o ex-seminarista Juan José Gonzalez para trabalhar com crianças. em uma igreja em Cowiche. Gonzalez estava sob investigação policial por pornografia infantil. Ele também não divulgou os nomes de vários predadores sexuais e escondeu detalhes de casos de abuso sexual por parte de padres. 

John McCormack 

Enquanto bispo de Boston, seu "método" era enviar predadores sexuais para "centros de tratamento", os quais acabavam declarando eles "aptos" para o exercício do ministério. Além disso, ele ficou conhecido por seu ceticismo absoluto em relação às vítimas. 

Francis George 

O cardeal ignorou diversos avisos sobre o padre Dan McCormack, um dos predadores sexuais mais conhecidos de Chicago. Mesmo com as acusações, McCormack permaneceu no ministério com a ajuda de Francis George, que também atuou para que outros padres acusados de abuso sexual pudessem ser libertos de forma antecipada. 

Roger Mahony 

Acusado de transferir repetidamente o padre Oliver O'Grady de paróquia em paróquia, mesmo com acusações de abuso sexual infantil. Ele permitiu que o clérigo convivesse e abusasse de crianças em sua arquidiocese. 

Fonte: Redação Terra
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