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Vôo 447 enfrentou tempestade de 150 km, diz meteorologista

3 jun 2009 - 21h56
(atualizado às 22h13)
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A tempestade enfrentada pelo vôo 447 da Air France, que caiu na costa brasileira no último domingo quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, tinha 150 km de extensão, conforme Augusto José Pereira Filho, professor de meteorologia da Universidade de São Paulo (USP). Em toda a área, uma imagem feita pelo satélite Goes detectou áreas de forte turbulência vertical e a ocorrência de cumulus nimbus - nuvens brancas compostas por gelo e ventos de 100 km/h. As informações são do Jornal Nacional.

Barco da Marinha reboca peça da aeronave
Barco da Marinha reboca peça da aeronave
Foto: Força Aérea Brasileira / Divulgação

O fenômeno enfrentado pelo Airbus A330 foi tão violento que pode ter tirado qualquer chance de manobra dos pilotos, segundo comandantes e meteorologistas ouvidos pelo telejornal. As nuvens no núcleo da tempestade chegaram a 18 km de altura, sete a mais do que a altitude que o avião da Air France voava.

"Uma tempestade pequeninha, de repente, explode e ocupa uma área enorme, produzindo ventos verticais muito fortes e também horizontais, em um nível onde ela para de crescer. Isso pode surpreender uma tripulação", explicou o professor ao JN.

De acordo com George Sucupira, comandante há 50 anos que já enfrentou um cumulus nimbus enquanto pilotava, em situações como essa o piloto não tem alternativa. "Você imagine, nessa velocidade, o avião recebendo granizo a 860 km dele e mais uns 100 km da velocidade do vento. Somados os dois, dá quase mil km/h. Uma bola de tênis de granizo é um tiro de canhão. Ele não devia ter entrado. Ele entrou não sabendo e eu tenho quase certeza que esse avião foi destruído por essa turbulência violenta na formação", afirmou ao telejornal.

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

Fonte: Redação Terra
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