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Trânsito

RJ: caminhoneiros bloqueiam via Dutra por quase uma hora em protesto

1 jul 2013 - 17h47
(atualizado às 17h53)
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Um protesto de caminhoneiros deixou a via Dutra interditada por cerca de uma hora na tarde desta segunda-feira, na altura do município de Barra Mansa (RJ), no quilômetro 274. Segundo a concessionária que administra a pista, os dois sentidos da via foram interditados, mas apenas caminhões eram barrados. Apesar da lentidão, os demais veículos passavam pelo bloqueio.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o bloqueio começou por volta das 16h10. Policiais negociaram com líderes do movimento, que concordaram em deixar a via e ficar no acostamento. De acordo com a PRF, uma fila da caminhões se formou no acostamento da pista sentido Rio de Janeiro, do quilômetro 276 ao 278. 

A Justiça Federal do Rio de Janeiro concedeu uma liminar proibindo, em todo o Brasil, interdições de vias federais, com pena de multa aos responsáveis e autorizando a PRF a agir caso fosse necessária a desobstrução das rodovias. 

De acordo com a concessionária que administra a pista, o protesto gerou lentidão na via, que, às 16h30, 20 minutos depois de bloqueada, tinha um engarrafamento de dois quilômetros no sentido Rio de Janeiro e de dois quilômetros e meio no sentido São Paulo.

Um caminhoneiro que participava do protesto foi preso, por porte de ilegal de armas. Apesar da prisão, até às 17h40, o protesto era pacífico, segundo a PRF. 

Caminhoneiros ocupam acostamento 

Na BR-040, outro grupo de caminhoneiros ocupou o acostamento da pista, também em protesto por melhorias da categoria. De acordo com a PRF, a manifestação começou por volta das 7h, e, até às 17h40, continuava ocorrendo. 

Segundo a polícia, os motoristas não interditaram o trânsito na via e tentam convencer outros caminhoneiros que passam pela região a se juntar à manifestação. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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