Protesto de professores termina com confrontos no centro do Rio
Um protesto em apoio aos professores que reuniu milhares de pessoas no centro do Rio de Janeiro terminou em confrontos entre a polícia e manifestantes.
Segundo o sindicato dos professores, cerca de 50 mil pessoas participaram da manifestação, mas a polícia informou 10 mil.
A manifestação começou à tarde, de forma pacífica, mas degenerou por volta das 20H00, quando manifestantes enfrentaram a polícia nas ruas Evaristo da Veiga e Alcindo Guanabara, na zona da Câmara dos Vereadores.
Em pouco tempo, os confrontos se alastram por todo o centro da cidade, com grupos de manifestantes seguindo para a Lapa e para a Avenida Rio Branco, onde montaram uma barricada no cruzamento com a rua Almirante Barroso.
Grupos de jovens mascarados quebraram letreiros, vidros de lojas e agências bancárias, e um ônibus coletivo foi incendiado na rua Santa Luzia.
Por volta das 21H00, o batalhão de choque dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.
"Sem a polícia não há violência, mas quando estão, sempre há", disse à AFP Hugo Cryois, um 'Black Bloc' de 23 anos com o rosto coberto por um pano preto e carregando um escudo de plástico com um 'A' (anarquista) branco. "Estou preparado, não se pode confiar".
Não há informação sobre detidos ou feridos.
Durante o protesto pacífico, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes diante da Câmara Municipal, na Cinelândia.
A greve dos professores municipais começou há 53 dias para rejeitar o plano de cargos e salários proposto pela prefeitura, que segundo o sindicato beneficia apenas 7% dos educadores, exatamente os que trabalham 40 horas semanais na mesma escola.