Veja a íntegra do relatório da Polícia Federal que indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro
Pai e filho foram indiciados por crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
A Polícia Federal indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, apontando articulações contra instituições brasileiras realizadas com apoio de terceiros, incluindo Silas Malafaia.
A Polícia Federal concluiu nesta quarta-feira, 20, o inquérito que investigava Jair e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A investigação foi aberta após solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR) e determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela aponta que "Eduardo vem atuando, ao longo do ano de 2025, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos da América, com intuito de obter a imposição de sanções contra agentes públicos do Estado brasileiro, notadamente do STF, da PGR e da Polícia Federal, sob o argumento de suposta perseguição política".
O documento mostra ainda que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) tem ajudado o filho a agir contra o país e as instituições nacionais. A PF afirma ainda que os movimentos dos políticos contam com auxílio material de terceiros, citando nominalmente o pastor Silas Malafaia.
"Nesse contexto, a análise do material probatório arrecadado identificou que o indivíduo Silas Lima Malafaia, conhecido líder religioso, vem atuando de forma livre e consciente, em liame subjetivo com os demais investigados, na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas", diz o texto.
O relatório afirma ainda que Bolsonaro e Walter Braga Netto (PL) descumpriram as medidas cautelares de proibição de manter contato durante a investigação realizada pela Polícia Federal.
Veja abaixo a íntegra do relatório da Polícia Federal:
Esta nota está em atualização.