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Política

Moraes chegou a ligar seis vezes para Galípolo em um dia para falar sobre Banco Master, diz jornal

Telefonemas fazem parte de uma das, pelo menos, cinco conversas do ministro com o presidente do BC sobre o tema, segundo Estadão

24 dez 2025 - 09h48
(atualizado às 09h57)
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Resumo
Alexandre de Moraes teria realizado diversas ligações e encontros com Gabriel Galípolo sobre a compra do Banco Master pelo BRB, enquanto nega ter tratado do tema e alega que discutiu exclusivamente as sanções da Lei Magnitsky.
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal
Foto: Wilton Júnior/Estadão / Estadão

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes chegou a ligar seis vezes no mesmo dia para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para falar sobre a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Os telefonemas fazem parte de uma das, pelo menos, cinco conversas do ministro com o Galípolo sobre o tema, segundo o Estadão.

A existência de conversas entre Moraes e Galípolo sobre o Banco Master foram reveladas inicialmente pelo O Globo. Reportagem do jornal diz que ele teria procurado o presidente do Banco Central para fazer pressão em favor do Banco Master.

De acordo com O Globo, teriam sido feitos por Moraes três contatos por telefone e um encontro teria se dado presencialmente com Galípolo. Já o Estadão confirmou a existência de ao menos cinco conversas, sendo uma presencial. Em uma das conversas, o ministro teria pedido que o Banco Central aprovasse a compra do Master pelo BRB. Na ocasião, a venda havia sido anunciada pelas instituições, mas estava pendente de autorização da autoridade monetária. 

Ainda de acordo com a apuração, o Banco Master firmou contrato com a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, prevendo que o escritório da família atuasse na defesa dos interesses da instituição e de Daniel Vorcaro junto ao Banco Central, à Receita Federal e ao Congresso Nacional.

O contrato foi assinado em janeiro do ano passado e estabelecia pagamento de R$ 3,6 milhões por mês durante três anos. Caso fosse cumprido integralmente, o escritório Barci de Moraes Associados receberia cerca de R$ 129 milhões até o início de 2027.

O controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, chegou a ser preso por 11 dias em novembro. Ele foi solto, com uso de tornozeleira eletrônica, por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Vorcaro e outros quatro executivos são investigados pela Polícia Federal por crimes financeiros na gestão do Banco Master.

Moraes nega ter falado sobre Banco Master

O assunto e a frequência das ligações de Moraes para Galípolo, no entanto, contradizem as explicações das autoridades em notas oficiais. Moraes afirmou que em todas as reuniões foram tratados "exclusivamente" assuntos sobre as consequências da aplicação da Lei Magnitsky. O nome do ministro foi retirado da lista de sanções aplicadas pelo governo Trump neste mês. Já o BC também disse que o tema era sobre as sanções econômicas impostas pelos EUA ao ministro, mas não usou o termo "exclusivamente".

Na noite de terça-feira, 23, Moraes divulgou uma terceira nota sobre o caso. No comunicado, ele forneceu mais detalhes sobre as conversas com o presidente da autarquia, citando, pela primeira vez, as datas de dois encontros, e voltou a negar que tenha tratado sobre a venda do Master para o BRB. Além disso, negou ter conversado com Galípolo por telefone.

"Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master", informou a nota. Nos comunicados anteriores, o gabinete do ministro afirmou que os encontros entre Moraes e Galípolo trataram "exclusivamente" dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, da qual o magistrado e sua esposa, Viviane Barci, foram alvos.

No novo comunicado, o ministro detalhou, pela primeira vez, a quantidade e as datas dos encontros com Galípolo. As notas anteriores referiam-se, de forma genérica, a "reuniões" com o presidente do BC. Segundo a nova nota, a primeira reunião ocorreu no dia 14 de agosto, após a aplicação da Magnitsky contra Moraes, e a segunda conversa, em 30 de setembro, após sua esposa, Viviane, ser sancionada. Ambos os encontros ocorreram no gabinete do ministro.

Moraes também afirmou, na nota, que o escritório de advocacia de sua esposa "jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central". *(Com informações do Estadão Conteúdo).

Fonte: Portal Terra
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