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Política

Todos contra Fux: ministros apoiam voto de Cármen Lúcia e criticam atitude de Bolsonaro

Zanin, Moraes e Dino fizeram apontamentos concordando com a ministra, enquanto Fux seguiu calado

11 set 2025 - 16h57
(atualizado às 17h19)
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A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), menos Luiz Fux, mostrou a revolta contra ameaça contra o Estado democrático de direito e falas ditar por Jair Bolsonaro, ex-presidente do país. É o que eles mostraram quando os magistrados usaram o voto de Cármen Lúcia no julgamento da trama golpista, nesta quinta-feira, 11, para debater sobre o mérito da ação. 

Enquanto Fux monopolizou a sessão da última quarta-feira, 10, para dar seu voto no julgamento da trama golpista, no qual absolveu Bolsonaro de envolvimento na trama, a decana deixou os colegas fazerem apontamentos e até piadas. 

Flávio Dino foi o primeiro deles, quando a ministra disse que resumiria seu voto. Em outro momento, ele pergunta se ela concederia a palavra, e Cármen responde: “Todos”. "Olha que eu sou literal", brinca Dino. 

Julgamento da trama golpista no STF nesta quarta-feira, 10
Julgamento da trama golpista no STF nesta quarta-feira, 10
Foto: Antonio Augusto/STF

Então, ela continua: "Todos, desde que rápido, porque também nós mulheres ficamos dois mil anos caladas, nós queremos ter o direito de falar. Mas eu concedo, como sempre. Está no regimento do Supremo, o debate faz parte dos julgamentos, tem o maior gosto em lhe ouvir. Eu sou da prosa", responde ela.

A fala de Cármen parece fazer referência ao momento durante a leitura do voto de Alexandre de Moraes, na última terça-feira, 9, quando Fux, que se mostrou incomodado e pediu para que o presidente do colegiado, Cristiano Zanin, não permita interrupções no seu momento de votar.

Em outro momento, a ministra - que votou a favor de condenar Bolsonaro pelos cinco crimes -, deu à palavra ao relator do processo, Alexandre de Moraes. O ministro falou logo após a decana defender que o STF tem competência para julgar o caso, diferente do que Fux argumentou em seu voto. 

Moraes exibiu um vídeo em que Bolsonaro aparece discursando em uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. Na ocasião, o ex-presidente afirma que um ministro do STF “ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos”, e que ou ele “se enquadra ou pede para sair”

“Se isso não é grave ameaça”, diz o relator do processo. "Algum de nós permitiria, falaria que é liberdade de expressão, se o prefeito insuflar o povo contra o juiz da comarca? Qual recado queremos deixar para o Poder Judiciário brasileiro?", questiona na sequência.

A fala é complementada pelo pelo presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, que aponta que tal ameaça é inadmissível

Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia no julgamento da Ação Penal 2668, na Primeira Turma do STF
Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia no julgamento da Ação Penal 2668, na Primeira Turma do STF
Foto: Reprodução/TV Justiça

"Me parece que essa figura, eu vou tratar no meu voto, é uma coação institucional, que me parece própria dos crimes do estado democrático de direito. Então, coagir uma instituição para que se arquive algum inquérito ou processo, isso é inadmissível e faz parte dos crimes contra o Estado democrático de direito”, finalizou Zanin. Enquanto colegas interagem, Fux fica imóvel e sem olhar para os ministros, o que faz parecer que ele está isolado dos demais 

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi o primeiro a votar e decidiu pela condenação dos réus. Flávio Dino e Cármen Lúcia seguiram o relator. Luiz Fux discordou dos colegas, demorou mais de 9h para concluir seu parecer sobre o ex-presidente e optou pela absolvição em todos os crimes.

O julgamento está previsto para terminar até sexta-feira, 12. Na tarde desta quinta, o ministro Cristiano Zanin (presidente da Turma) apresenta seu voto. 

Fonte: Redação Terra
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