Neutralizar ou harmonizar? Cármen Lúcia brinca com Moraes durante voto
Ministra aproveitou momento de descontração enquanto justifica o seu voto no julgamento da trama golpista
Cármen Lúcia fez uma brincadeira com Alexandre de Moraes durante seu voto no STF, relacionando trocadilhos sobre "neutralização" e "harmonização" em referência ao plano golpista "Punhal Verde e Amarelo".
Em um momento de descontração durante a leitura de seu voto no julgamento da trama golpista, nesta quinta-feira, 11, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia se dirigiu a Alexandre de Moraes, relator do caso, para deixar clara a diferença entre "neutralização" e "harmonização".
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O comentário veio à tona quando Cármen explicava sobre o intuito do plano Punhal Verde e Amarelo, que tinha como objetivo "neutralizar" Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. “É preciso que se diga que não é uma coisa boa”, destacou a ministra.
“Digo e faço um parêntese rapidinho. Outro dia, entrando numa farmácia, uma senhora falou que vossa excelência [Alexandre de Moraes] era muito… Não me lembro a palavra exata (...) 'Meu marido falou que queriam neutralizá-lo, isso não é uma coisa ruim, né?'", contou ela.
Em resposta à abordagem, Cármen disse não ter entendido o comentário da mulher, que completou: "uma amiga fez uma neutralização e está bem". "Não, a senhora está confundindo com harmonização", justificou a ministra, provocando risadas na sala.
Em tom de brincadeira, Moraes questionou se a mulher esperava que ele também fizesse o procedimento estético. Ao ouvir uma resposta positiva de Cármen, ele acrescentou: "Está difícil a vida".
“Eu expliquei [a ela]. Harmonização, ao que me consta, é para a pessoa não ter problemas com as rugas no envelhecimento e neutralização é pra não ter problema de envelhecimento. Resolve de vez”, brincou Cármen antes de retomar o seu voto.
STF forma maioria para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe
Com o voto da ministra Cármen Lúcia --que se alinhou aos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino--, o STF formou maioria para a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e outros 7 aliados por tentativa de golpe. Até o momento, apenas o ministro Luiz Fux votou pela absolvição do ex-presidente. Resta votar o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.


