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Política

Saiba como andam 4 temas reivindicados nos protestos de 2013

Manifestações realizadas há quase dois anos começaram reivindicando redução das tarifas de transporte público e englobaram temas como investimentos em educação e reforma política

14 mar 2015 - 07h20
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<p>Milhares foram às ruas de diversas cidades do Brasil nos protestos de 2013</p>
Milhares foram às ruas de diversas cidades do Brasil nos protestos de 2013
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Os protestos marcados para este domingo em diversas cidades prometem ser os maiores no País desde junho de 2013. As reivindicações, no entanto, são bem diferentes.

Naquele ano, milhares de brasileiros foram às ruas, inicialmente, protestar contra o aumento das tarifas de transporte público. Outras reivindicações – como por mais investimentos em educação e um uso mais eficiente do dinheiro público – foram incorporadas à medida que o movimento se expandia.

Como a maioria dos anseios não foi atendida, a conta parece ter caído sobre a presidente Dilma Rousseff, já que os protestos deste domingo são claramente contra o governo federal – além de que há grupos que pedem o impeachment da presidente.

Confira no que avançaram, ou não, algumas das principais reivindicações dos protestos de junho de 2013:

Tarifas de transporte público

O aumento dos preços nas passagens de ônibus, metrô e trens foi a primeira causa a aparecer nos protestos de junho de 2013 e a causa da sua origem. A reivindicação foi onipresente nas manifestações pelo País. E, talvez, a única a ter resultados concretos, embora por pouco tempo.

<p>Manifestantes invadiram o Congresso Nacional nos protestos de junho de 2013</p>
Manifestantes invadiram o Congresso Nacional nos protestos de junho de 2013
Foto: Gustavo Gantois / Terra

À época, parte dos governos estaduais e municipais voltou atrás no aumento das tarifas. Contudo, reajustes posteriores acabaram sendo mais pesados para o bolso dos brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, as tarifas passaram de R$ 3,00 para R$ 3,50 neste ano. Manifestações contra esse aumento foram realizadas, mas em proporções bem menores do que as vistas em 2013.

Corrupção

Protestos contra a corrupção na esfera política do País também estiveram presentes nos movimentos que aconteceram há quase dois anos. Alguns grupos que participavam das manifestações invadiram e depredaram sedes e prédios dos poderes Executivo e Legislativo municipais, estaduais e federal.

<p>Operação Lava Jato apura esquema que envolve pagamento de propina na Petrobras</p>
Operação Lava Jato apura esquema que envolve pagamento de propina na Petrobras
Foto: Polícia Federal / Divulgação

Se parte da população esperava mudanças por meio do voto, elas não vieram. A presidente e vários governadores foram reeleitos ou elegeram sucessores. O Congresso Nacional também não teve tantas caras novas. Ou seja, essa fatia da população pediu mudanças, mas elegeu, em grande medida, velhos nomes da política brasileira. Outra parte da população, que reelegeram políticos convictamente, a exemplo da presidente, parecem esperar que a Justiça dê conta do recado. 

Em setembro do ano passado, durante a reta final das eleições, estourou a Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. Seis meses depois, políticos foram convocados para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o assunto e o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito contra 47 nomes supostamente envolvidos no esquema.

Em meio ao escândalo, a Petrobras, maior petroleira da América Latina, não conseguiu publicar o balanço dos terceiro e quarto trimestres do ano passado devidamente auditados. Ao final das investigações, a Lava Jato deve revelar o maior esquema de corrupção da história do País.

Educação X Gastos Públicos

Nas ruas do Brasil em junho de 2013, a população se revoltava contra os gastos em obras da Copa do Mundo e clamava por mais investimentos em áreas como saúde, infraestrutura e, sobretudo, educação. Um dos motins dos protestos era “queremos escolas padrão Fifa”, em alusão aos estádios da Copa, que precisavam se adequar às regras da organizadora do evento.

<p>"Pátria educadora" é o lema do segundo mandato de Dilma Rousseff</p>
"Pátria educadora" é o lema do segundo mandato de Dilma Rousseff
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Em seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff, tem reforçado o objetivo de corte de gastos pelo governo federal. O objetivo, no entanto, é cumprir a meta de superávit primário, o que, indiretamente, pode contribuir para que o País receba mais investimentos em áreas necessitadas. Além disso, como a própria presidente anunciou no discurso de posse de seu segundo mandato, a educação é a prioridade do governo, com o lema “Brasil: pátria educadora”.

Em junho passado, um ano após os protestos de 2013, a presidente Dilma sancionou o Plano Nacional de Educação, que, entre outras coisas, prevê que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País sejam destinados ao setor. Nesta área, portanto, há espaço para melhorias, ainda que os resultados não sejam tão perceptíveis desde essas manifestações.

Reforma política

Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV para acalmar os ânimos durante as manifestações de 2013, a presidente Dilma Rousseff disse que o País precisava e que queria “contribuir para a construção de uma ampla e profunda reforma política”.

<p>Renan Calheiros, presidente do Senado, e Dilma Rousseff, presidente da República; Congresso e Planalto ainda não chegaram a um acordo sobre reforma política</p>
Renan Calheiros, presidente do Senado, e Dilma Rousseff, presidente da República; Congresso e Planalto ainda não chegaram a um acordo sobre reforma política
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Desde então, o Planalto e o Congresso não chegaram a um consenso sobre se o processo deve ser realizado por meio de plebiscito (quando é solicitada a manifestação da população antes da elaboração da lei) ou referendo (população é convocada a aprovar ou rejeitar proposta elaborada pelo Congresso).

Impeachment? Paulistanos mostram o que sabem sobre o assunto:

Fonte: Terra
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