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Política

Protesto contra cortes gera pico no Twitter, indica FGV

Entre 12h de terça-feira e 12h desta quinta-feira foram 3,1 milhões de postagens na rede social

17 mai 2019 - 07h28
(atualizado às 08h37)
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O protesto promovido na quarta-feira, 15, contra o contingenciamento de recursos no Ministério da Educação gerou mais de 3,1 milhões de postagens no Twitter, de acordo com levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa considerou o período entre 12h de terça-feira e 12h desta quinta-feira (16).

Protesto de estudantes e professores contra o corte de verbas de 30% na Educação pelo governo do Presidente Bolsonaro. Durante a manhã dessa quarta-feira (15) cerca de 5 mil pessoas lotaram as ruas do centro de Sorocaba, interior de SP. Foto CADU ROLIMFOTOARENAESTADÃO CONTEÚDO
Protesto de estudantes e professores contra o corte de verbas de 30% na Educação pelo governo do Presidente Bolsonaro. Durante a manhã dessa quarta-feira (15) cerca de 5 mil pessoas lotaram as ruas do centro de Sorocaba, interior de SP. Foto CADU ROLIMFOTOARENAESTADÃO CONTEÚDO
Foto: CADU ROLIM/FOTOARENA / Estadão Conteúdo

Nesses dois dias, as citações ao protesto - organizado em pelo menos 250 cidades do País - alcançaram números próximos a de outros assuntos de forte interação no Twitter desde as eleições do ano passado, como a indicação de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça (que teve 3,7 milhões de menções em seis dias) e o dia do 1.º turno das eleições (que teve o maior impacto em relação a outros eventos políticos já registrados pela FGV desde 2014, com 4,85 milhões de tuítes em um dia).

O órgão identificou dois picos de menções ao chamado "tsunami da Educação". O primeiro aconteceu após ser veiculada declaração do presidente Jair Bolsonaro, de que os manifestantes seriam "idiotas úteis". Logo depois de a frase ir ao ar, por volta das 13h30, quase 38,6 mil postagens sobre o protesto foram feitas no Twitter. O levantamento não entra no mérito das mensagens, se favoráveis ou não ao presidente. O outro pico ocorreu por volta das 20h, enquanto os protestos aconteciam no País. Foram mais 52,6 mil menções neste momento.

"Não foi o fato de Bolsonaro ter feito aquela fala apenas. Ela contribuiu, foi um ponto a mais na narrativa, mas o debate sobre educação já vinha numa crescente", disse o diretor da Dapp, Marco Aurélio Ruediger. "A gente vive numa situação polarizada há muito tempo."

'Infeliz'

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta quinta que Bolsonaro deu uma declaração "infeliz" ao criticar os manifestantes. "O exemplo vem de cima. A urbanidade e a respeitabilidade vêm de cima", afirmou ele, ao chegar para sessão do Supremo.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não quis comentar a frase do presidente sobre as manifestações contra cortes na Educação. Segundo ele, os protestos "foram importantes, mas não foram grandes". "Precisamos ter a tranquilidade de saber que numa democracia as manifestações são normais. O PT e a CUT que aparelharam as universidades brasileiras fizeram isso nos últimos 30 anos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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