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Política

Prefeito de Criciúma é preso em operação que investiga esquema de corrupção no serviço funerário

Operação investiga crimes como formação de organização criminosa, fraudes em licitações e contratos, corrupção, e outros delitos

3 set 2024 - 10h08
(atualizado às 12h22)
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Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD)
Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD)
Foto: Reprodução/Instagram:@clesiosalvaro

Dez pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira, 3, em uma operação que apura crimes envolvendo a concessão de serviços funerários em Criciúma, no estado de Santa Catarina. Entre os detidos está o prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD). O político nega as acusações. 

A ação faz parte da "Operação Caronte", que foi deflagrada no dia 5 de agosto e desde então vem sendo conduzida pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), com apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.

Durante o processo, foram analisadas provas e colhidos 38 depoimentos pelos membros do GEAC e GAECO. Com base nas investigações, os suspeitos foram formalmente denunciados em 26 de agosto por crimes como formação de organização criminosa, fraudes em licitações e contratos, corrupção, e delitos contra a ordem econômica e popular, todos relacionados à concessão de serviços funerários em Criciúma.

Na fase inicial da operação, sete suspeitos foram detidos. Com as novas prisões realizadas nesta terça-feira, conforme o Ministério Público de Santa Catarina, todos os 17 suspeitos de fazerem parte da organização criminosa encontram-se em prisão preventiva, entre empresários e agentes públicos.

Os detidos passaram por exames de corpo de delito e foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão até a realização das audiências de custódia nas cidades onde ocorreram as detenções.

A operação, batizada de "Caronte", faz referência ao barqueiro da mitologia grega que transportava as almas dos recém-falecidos através dos rios Estige e Aqueronte, que separavam o mundo dos vivos do dos mortos. Aqueles que não podiam pagar pelo serviço, ou cujos corpos não tinham sido enterrados, eram condenados a vagar pelas margens dos rios por cem anos.

Os mandados de prisão foram cumpridos nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José, após determinação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). 

Em um vídeo divulgado nas redes sociais do prefeito de Criciúma, o político afirmou ser inocente. "Eu tenho certeza da minha inocência. Jamais, em momento algum e o processo vai ficar livre. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada, nada, nada que possa me incriminar", disse ele. 

Em nota ao Terra, a Administração Pública do Município, por meio da Procuradoria-Geral, informa que, até o presente momento, não foi comunicada oficialmente acerca dos fatos veiculados na mídia em geral, envolvendo o prefeito Clésio Salvaro. "Maiores informações advirão conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), acionar o Município. Reforçamos que todos os serviços públicos municipais permanecem sendo prestados normalmente", acrescentou a prefeitura.

Fonte: Redação Terra
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