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Política

Pastor Eurico critica reserva de vagas para MST no curso de Medicina da UFPE: 'É uma afronta'

Em publicação, o parlamentar classificou a medida como uma "afronta" ao esforço dos estudantes que se dedicam anos para ingressar em um dos cursos mais concorridos.

24 set 2025 - 18h22
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O deputado federal Pastor Eurico (PL-PE) expressou posicionamento contra a criação de uma turma exclusiva para integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Deputado Pastor Eurico
Deputado Pastor Eurico
Foto: Beto Dantas/Portal de Perfeitura / Portal de Prefeitura

A reserva de 80 vagas, segunda a instituição, integra uma política afirmativa destinada a ampliar o acesso a universidade

Em publicação nas redes sociais, o parlamentar classificou a medida como uma "afronta" ao esforço dos estudantes que se dedicam anos para ingressar em um dos cursos mais concorridos do país.

"O curso de medicina é o mais concorrido do país, pois adultos de várias idades passam anos e anos estudando para realizar esse sonho, agora o estudante terá que se contentar em saber que terá uma turma de 80 vagas somente para quem tem ligação com MST, com esse tipo de movimento ideológico, na UFPE. Isso é uma afronta aos pais que se dedicam a dar educação de qualidade aos filhos e, principalmente, a você estudante, que está se dedicando com tanto afinco a realização do sonho de cursar esse dificílimo e concorrido curso superior", escreveu o parlamnetar. 

Entenda 

O anúncio da criação de uma turma do curso de Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com 80 vagas destinadas a integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), provocou forte reação política. O vereador do Recife, Thiago Medina (PL), informou nesta semana que irá protocolar uma denúncia contra a universidade, alegando que a medida viola o princípio da isonomia e promove um privilégio com dinheiro público.

"É um absurdo utilizar recursos da União para criar vagas exclusivas para um movimento político e ideológico", afirmou o vereador em pronunciamento oficial. Medina também declarou que acionará o Ministério Público Federal (MPF) e poderá ingressar com ação judicial caso a UFPE mantenha a decisão.

A polêmica gira em torno do edital da nova turma de Medicina, que será ofertada no campus da universidade no Agreste pernambucano, em Caruaru. Segundo o documento, os candidatos devem apresentar uma redação com temas relacionados à reforma agrária, educação do campo ou comunidades rurais, o que, segundo críticos, favorece candidatos com alinhamento ao movimento social em questão.

Para Medina, a universidade deveria priorizar critérios técnicos e socioeconômicos amplos, válidos para todos os estudantes brasileiros, especialmente em um curso historicamente concorrido como Medicina.

"Estamos falando de meritocracia e igualdade de oportunidades. Vagas devem ser distribuídas com base em critérios republicanos, não ideológicos", completou.

A proposta da UFPE, no entanto, se alinha a políticas afirmativas voltadas à inclusão de populações historicamente excluídas do ensino superior, especialmente no campo da saúde. Diversas universidades federais têm adotado modelos semelhantes para ampliar o acesso de quilombolas, indígenas e moradores de áreas rurais à educação superior.

Até o momento, a UFPE não divulgou posicionamento oficial em resposta às críticas ou à ameaça de ação judicial.

O debate levanta uma questão de fundo: como equilibrar políticas de reparação social com os princípios de isonomia e universalidade no ensino público? A judicialização do caso poderá oferecer uma resposta, mas o embate político e ideológico em torno do tema promete se intensificar.

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