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Política

Manifestantes em SP contra PEC da Blindagem consideram proposta 'imoral' e 'fracasso da democracia'

Protesto em São Paulo integra mobilização nacional, com críticas ao Congresso e a Bolsonaro

21 set 2025 - 19h34
(atualizado às 20h20)
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Resumo
Manifestantes em São Paulo protestaram contra a PEC da Blindagem e a anistia aos condenados do 8 de janeiro, em ato nacional que reuniu milhares, criticando a proposta como "imoral" e um "fracasso da democracia".
Imagem aérea do ato na Avenida Paulista, região central de São Paulo, neste domingo, 21, contra a PEC da Blindagem, aprovada na Câmara, que pode dificultar processos criminais contra parlamentares, contra a Pec da Anistia e pela Soberania do país
Imagem aérea do ato na Avenida Paulista, região central de São Paulo, neste domingo, 21, contra a PEC da Blindagem, aprovada na Câmara, que pode dificultar processos criminais contra parlamentares, contra a Pec da Anistia e pela Soberania do país
Foto: Marcelo D. Sants/Ato Press/Estadão Conteúdo

Cerca de 42 mil pessoas se concentraram na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 21, para protestar contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos condenados de 8 de Janeiro. O ato integrou uma mobilização nacional, que ocorreu em pelo menos outras 20 cidades brasileiras.

O levantamento do Monitor do Debate Público da USP estimou a presença de 42,4 mil pessoas na manifestação da Paulista, número semelhante ao registrado no ato bolsonarista de 7 de setembro, em defesa da anistia, que reuniu 42,2 mil manifestantes. 

Com um público diverso -- de famílias com crianças a idosos e jovens adultos --, os manifestantes exibiram uma grande bandeira do Brasil como contraponto ao símbolo dos Estados Unidos levantado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no início do mês.

Diversos cartazes chamaram o Congresso de "inimigo do povo" e pediram que o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpra integralmente a pena de 27 anos de prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Outros exibiam mensagens contra a influência norte-americana, como o que dizia: "Trump, tire suas garras do Brasil". Durante sua apresentação, o rapper Rashid reforçou: "Aqui, não tem bandeira dos Estados Unidos".

Sandro Eduardo Saraiva, 52 anos, participou sozinho e ressaltou o caráter histórico do protesto: "Eu acho que essa revisão histórica é algo que o Brasil está tendo a oportunidade de fazer. A gente teve uma ditadura militar bem sangrenta. E as pessoas não foram punidas. Eu acho que hoje o Brasil não pode repetir o que ele repetiu anteriormente. Para mim isso aqui é uma revisão histórica, uma correção histórica, para que a gente consiga seguir com um mínimo de democracia".

Saraiva disse não ter vínculo partidário e destacou que a mobilização vai além de ideologias. "Eu acho que, independente da ideologia, qualquer pessoa que defende a justiça e uma democracia tem que estar aqui hoje. Independente de partido, de ideologia política". Para ele, a PEC da Blindagem é "imoral e ilegal".

Roberto de Matos Costa Junior, 34 anos, também criticou a proposta e o projeto de anistia. "Apoiar a PEC e a anistia é fracassar como democracia. Não é o caminho. O caminho é palestina livre, não a anistia e não a PEC da Blindagem".

Roberto de Matos Costa Junior, 34 anos
Roberto de Matos Costa Junior, 34 anos
Foto: Maria Luiza Valeriano/Terra

Já Maria Regina Silva, 67 anos, foi acompanhada das netas de 19 e 13 anos. "Tem que parar. Eles [o Congresso] só querem para eles", afirmou sobre a PEC. Para ela, que já participou de outros protestos, estar com as netas na manifestação teve um significado especial. "Eu estou achando ótimo", completou, com apoio das jovens.

O ato também levantou outras pautas, como o apoio à Palestina, o fim da jornada de trabalho em escala 6x1 e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Apesar de uma breve chuva durante a tarde, os manifestantes permaneceram na avenida. Em coro, puxaram: "Pode chover, pode molhar, ô Bolsonaro a gente vai te derrotar".

Fonte: Portal Terra
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