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Política

Justiça determina bloqueio de contas de José Dirceu, mas só encontra R$ 196; entenda

Determinação tem a ver com uma dívida de R$ 2.438,04 que Dirceu possui com um escritório de advocacia que representa a revista 'Veja'

9 abr 2024 - 15h42
(atualizado às 17h32)
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Resumo
A Justiça de São Paulo bloqueou as contas bancárias do ex-deputado José Dirceu em decorrência de uma dívida de R$ 2.438,04 por ele não ter pago os honorários de R$ 13 mil para representante da revista 'Veja'.
O ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em sessão especial no Senado
O ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em sessão especial no Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

A Justiça em São Paulo ordenou o bloqueio das contas bancárias do ex-deputado José Dirceu, que ocupou o cargo de ministro no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A determinação tem a ver com uma dívida de R$ 2.438,04 que Dirceu possui com o escritório de advocacia Fidalgo Advogados, representante da revista Veja. As informações são do UOL e foram confirmadas pelo Terra

Nos autos do processo, entretanto, consta que apenas R$ 196,01 foram localizados nas contas de Dirceu. A dívida diz respeito a um processo movido por Dirceu contra a revista em 2014, devido à publicação de uma matéria sobre sua vida na prisão após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

A matéria alegava que Dirceu desfrutava de privilégios na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, como uma cela mais espaçosa e confortável do que as dos outros detentos, além de tratamento alimentar e regime de visitação diferenciados.

O ex-ministro processou a revista argumentando que a reportagem era fictícia e que as situações descritas não correspondiam à realidade. Ele acusou a Veja de má-fé, afirmando que uma comissão independente havia constatado que não recebia tratamento privilegiado.

Na ação, na qual pleiteava uma indenização de R$ 100 mil, Dirceu alegou que as informações eram falsas e levianas, visando impedir que ele obtivesse o direito de cumprir sua pena em regime semiaberto. No entanto, a Justiça considerou que a revista não cometeu ato ilícito, rejeitando o pedido de indenização em 2017. A ação já transitou em julgado, ou seja, a decisão é final.

Após perder o processo, Dirceu foi condenado a pagar os honorários dos advogados da revista Veja, em R$ 13 mil em 2019, mas não cumpriu com a obrigação. Desde então, o ex-ministro enfrentou diversas penhoras, resultando na redução do montante da dívida para os atuais R$ 2.438,04. A mais recente decisão judicial, que resultou no bloqueio de mais R$ 196,01, foi publicada em 3 de abril.

Fonte: Redação Terra
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