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Política

Estão exigindo que Cid traga detalhes que não teve acesso, diz defesa sobre delação

Advogado contestou a ideia de que o militar tenha se omitido ou resistido em sua colaboração premiada

2 set 2025 - 14h48
(atualizado às 15h29)
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Resumo
A defesa de Mauro Cid afirmou que ele revelou tudo o que sabia em sua delação premiada, argumentando que não se pode exigir detalhes sobre eventos dos quais ele não tinha conhecimento, e destacou a validade de sua colaboração para a ação penal.

O advogado Jair Alves Pereira, que defende o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou em sustentação oral durante o julgamento, nesta terça-feira, 2, que há detalhes da trama golpista aos quais seu cliente não teve acesso e, por isso, não puderam ser incluídos em sua delação premiada.

O defensor argumentou que não se pode exigir perfeição absoluta de um colaborador premiado que, "sob intensa pressão psicológica, possa cometer inconsistências pontuais". Ele defendeu que o centro das revelações de Cid -- como a reunião com comandantes militares -- foi confirmado por múltiplas fontes, incluindo outros militares e o próprio ex-presidente, sustentando a validade e a boa-fé de sua colaboração.

Advogado Jair Alves Pereira, que representa Mauro Cid, durante sustentação oral da defesa no julgamento
Advogado Jair Alves Pereira, que representa Mauro Cid, durante sustentação oral da defesa no julgamento
Foto: Reprodução/TV Justiça

Pereira contestou a ideia de que o militar tenha se omitido ou resistido em sua colaboração premiada, afirmou que seu cliente "falou tudo que sabia" e que não poderia ter relatado eventos dos quais não tinha conhecimento.

O defensor argumentou que a vida de Cid seguia um curso normal, longe de qualquer plano golpista, com sua nomeação para um batalhão em Goiânia e a família já estabelecida na cidade. "Eu não posso imaginar que o Cid tenha tentado dar um golpe de Estado, quando ele já estava em março nomeado para assumir o Batalhão de Goiânia, com casa alugada, os filhos matriculados no colégio. A vida dele seguia fora do cargo de ajudante de ordens", disse o advogado.

Sobre a colaboração, a defesa sustentou que Cid cumpriu rigorosamente o acordado, que era relatar apenas aquilo de que tinha conhecimento ou em que havia participado. "A obrigação dele era falar o que tivesse conhecimento, o que participou ou tivesse conhecimento. Foi isso que ele fez", disse.

O advogado citou ainda que o militar não falou sobre eventos como o plano "Punhal Verde e Amarelo" ou a "Copa 22" porque "não tinha conhecimento" e "não fazia parte dos grupos de WhatsApp" onde esses assuntos eram discutidos. 

A defesa ainda defendeu o volume e a utilidade da colaboração, citando que Cid foi chamado inúmeras vezes não apenas para depoimentos, mas também para reconhecer pessoas e locais, como no caso das joias. O advogado argumentou que a colaboração "contribuiu indiscutivelmente para a ação penal" e que seus benefícios não deveriam ser revistos, como chegaria a sugerir a acusação.

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Fonte: Redação Terra
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