Eleição para presidente do PT terá cédula de papel; veja quem são os candidatos
Partido tentou emprestar urnas eletrônicas com o TSE, mas não conseguiu número suficiente de máquinas
BRASÍLIA - O Processo de Eleição Direta (PED) que vai escolher a nova cúpula do PT para o período 2025-2029, com voto dos filiados, está marcado para este domingo, 6, em todo o País, e terá cédulas de papel.
O partido pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o empréstimo de urnas eletrônicas, mas não conseguiu o número suficiente de máquinas. A contagem dos votos será manual e começa logo após o fechamento das urnas, às 17 horas. Estão aptos a votar 2.959.823 filiados, em todo o País.
A disputa vai renovar o comando do PT em âmbito nacional, estadual e municipal. Caso seja necessário haver segundo turno, a nova etapa ocorrerá no próximo dia 20.
Conheça os candidatos à presidência nacional do PT:
Edinho Silva
Ex-presidente do PT em três ocasiões, Rui Falcão é deputado federal e jornalista. Apesar do bom relacionamento com o presidente Lula, votou contra o pacote fiscal, sob a alegação de que as medidas restringiam direitos. Em junho, Falcão aprovou a derrubada do decreto do IOF, mas corrigiu o voto. "Teclei errado", disse. Integrante da corrente Novo Rumo, ele foi secretário de Governo na gestão de Marta Suplicy e ajudou a levá-la de volta ao PT.
Romênio Pereira
Secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira tem feito críticas contundentes ao atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Romênio concorre ao comando do partido pela tendência Movimento PT, que é uma espécie de "fiel da balança" na disputa interna. Para ele, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é inimigo do governo Lula e recebe orientações do ex-deputado Eduardo Cunha, algoz de Dilma Rousseff.
Valter Pomar
Diretor da Fundação Perseu Abramo, Valter Pomar é historiador e disputa a presidência do PT pela tendência Articulação de Esquerda. Durante a campanha, Pomar denunciou filiações em massa e abuso do poder econômico para beneficiar a candidatura de Edinho, que nega as acusações. Pomar defende o fim da federação do PT com o PV e o PCdoB, sob o argumento de que o arranjo é eleitoralmente prejudicial aos petistas.
