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Política

Campanha nas redes sociais pede que Lula não indique Paulo Gonet para PGR

Aliados de presidente apontam que subprocurador tem apoio de bolsonarista e foi contrário a responsabilizar Estado brasileiro por mortes de opositores na ditatura militar

19 nov 2023 - 17h47
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Uma campanha de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais tenta fazer o chefe do Poder Executivo federal mudar de ideia e não indicar o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Entre os argumentos estão que o favorito para o posto antes ocupado por Augusto Aras recebeu elogios de bolsonarista e se posicionou contra a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Uma das postagens mais compartilhadas é do apoio que Gonet recebeu da deputada federal Bia Kicis (PL-DF). Não é de hoje que Gonet tem a preferência da deputada. Ainda em 2019, Kicis fez ao menos oito postagens no X, antigo Twitter, para defender a escolha de Gonet para PGR. "Paulo Gonet é conservador raiz, cristão, sua atuação no STF nos processos da lava jato foi impecável", disse a deputada em uma postagem de agosto de 2019. Bia Kicis também citou que Gonet é "probo e corajoso". Em setembro daquele ano, no entanto, Bolsonaro indicou Aras para a chefia da PGR.

A respeito do posicionamento de Gonet sobre a inelegibilidade de Bolsonaro, as postagens lembram que no início de outubro ele foi contra a condenação do ex-presidente e do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto (PL) em processos que questionavam o uso do Palácio da Alvorada para fazer lives nas redes sociais e promover atos de campanha. O vice-procurador-geral eleitoral afirmou, à época que não se dava como provado o abuso do poder político nesses casos.

Gonet, no entanto, apresentou um parecer favorável à condenação de Bolsonaro no caso da reunião com embaixadores, no processo que tornou o ex-presidente inelegível pela primeira vez. Ele tomou a mesma posição no processo que investigava o uso eleitoral da celebração do 7 de Setembro e que tornou inelegíveis tanto Bolsonaro quanto Braga Netto.

Outro ponto para o qual usuários de redes sociais chamam atenção é a posição de Gonet na Comissão Especial de Mortos e Desparecidos Políticos, dos anos 1990, quando se discutia a responsabilidade do Estado em mortes ocorridas no período da ditadura militar. Ao representar o Ministério Público Federal (MPF), como mostrou a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, Gonet votou contra responsabilizar o Estado pelas mortes de oposicionistas do regime.

Indicação de Gonet é 'altamente provável'

Gonet está sob holofotes desde a semana passada, quando notícias apontaram para sua indicação para o cargo de procurador-geral da República, desocupado desde setembro. Como mostrado pelo Estadão, a confirmação dele é dada como "altamente provável", e "só uma reviravolta" poderia retirá-lo da cadeira, como resume um ministro na condição de anonimato.

O procurador favorito à vaga já foi sócio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma instituição privada com sede na capital federal. Além de Gilmar, Gonet também é próximo do ministro Alexandre de Moraes e sua indicação representaria uma vitória política para os dois magistrados. A escolha de Lula deve ser oficializada nesta semana e a indicação precisará passar por aprovação no Senado Federal.

Estadão
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