Braga Netto e Marcelo Câmara têm salários suspensos no PL por Valdemar Costa Neto
Ex-ministro e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foram alvos de operação da Polícia Federal (PF) sobre suposta tentativa de golpe de Estado
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, suspendeu os salários pagos pela sigla ao ex-ministro Walter Braga Netto e ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Marcelo Costa Câmara. Eles foram alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para apurar suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Braga Netto, Marcelo Câmara, Valdemar e Bolsonaro foram convocados, ao lado de outros investigados, para prestar depoimento nesta quinta-feira, 22, na sede da PF, em Brasília. Dos quatro, apenas o dirigente partidário respondeu às perguntas dos investigadores, os outros ficaram em silêncio.
Em postura que já havia sido antecipada pela defesa, Bolsonaro se valeu do chamado "direito ao silêncio" durante a oitiva. A defesa do ex-mandatário alega não ter obtido acesso aos autos do inquérito. Também não responderam às perguntas dos investigadores o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto e Marcelo Câmara.
Já Valdemar Costa Neto, que teve a prisão preventiva decretada na Tempus Veritatis, respondeu aos questionamentos da PF. O depoimento do dirigente partidário durou cerca de quatro horas.
Alvo de um mandado de busca e apreensão na operação, Valdemar foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Além disso, foi encontrada uma pepita de ouro não registrada na casa do dirigente partidário, configurando suspeita de "usurpação mineral", crime inafiançável.
Dois dias depois da audiência de custódia, a liberdade provisória do presidente do PL foi concedida por recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Valdemar segue no comando da legenda.