Traficante brasileiro suspeito de ligação com o PCC é preso em Portugal
Ele vivia em um condomínio de luxo em Cascais, uma das regiões mais caras do país
A Polícia Judiciária de Portugal prendeu o brasileiro Ygor Daniel Zago, conhecido como Hulk, foragido internacionalmente e condenado no Brasil a 29 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Hulk vivia em um condomínio de luxo em Cascais, e é apontado como integrante do PCC.
A Polícia Judiciária de Portugal prendeu o brasileiro Ygor Daniel Zago, conhecido como Hulk, foragido internacionalmente e condenado no Brasil a 29 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele vivia em um condomínio de luxo em Cascais, uma das regiões mais caras do país, enquanto aguardava em liberdade o julgamento de recursos contra sua condenação.
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Hulk é apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a PJ, a prisão dele ocorreu em cumprimento de mandados de detenção internacionais emitidos pela Justiça brasileira.
A operação também prendeu a esposa de Hulk, Fernanda Zago, após a Unidade de Informação Criminal identificar o paradeiro do casal. Ambos serão apresentados ao Tribunal da Relação de Lisboa, que decidirá sobre sua situação enquanto avança o processo de extradição.
O comunicado da PJ ressalta que os dois são suspeitos de crimes de "associação criminosa, corrupção e branqueamento de capitais".
As autoridades portuguesas afirmam que Hulk ocupava posição de liderança na organização criminosa e era investigado desde 2023, quando a PJ apreendeu 30 mil litros de metanol. De acordo com o comunicado, "a investigação subsequente sobre a origem do composto químico apreendido levou à descoberta de uma organização criminosa, envolvida no comércio de combustível adulterado com metanol, corrupção de funcionários públicos e ocultação de bens e fundos derivados dessas atividades ilícitas".
A PJ descreve o grupo como uma estrutura altamente organizada, com divisão clara de tarefas. Hulk seria responsável por "tomar decisões relativas a todas as atividades da organização, emitir ordens aos subordinados e gerir os recursos financeiros do grupo criminoso". Fernanda, segundo a polícia, auxiliava na movimentação do dinheiro do esquema, já que "na conta bancária foram detetados fundos ilícitos da organização criminosa".
Durante a operação, a polícia também identificou veículos de luxo ligados ao grupo, usados por outros integrantes da organização.
As autoridades brasileiras já investigavam Hulk desde a Operação Netuno, de 2021, quando carros de alto padrão, lanchas e até um helicóptero foram apreendidos. Mesmo autorizado a responder em liberdade, ele continuou sendo monitorado por suspeita de seguir comandando atividades ilícitas no Brasil e em outros países.
Agora, com a prisão em Portugal, Hulk e a esposa aguardam a decisão da Justiça portuguesa, enquanto as autoridades dos dois países aprofundam as investigações sobre o esquema de adulteração de combustíveis, lavagem de dinheiro e corrupção. Segundo a PJ, pelos crimes em investigação em Portugal, os detidos "poderão vir a ser condenados numa pena de 12 anos de prisão".