Tarcísio diz que Ruy Ferraz foi 'covardemente assassinado' e que atua para prender os 'criminosos responsáveis'
Fontes ficou conhecido pela atuação contra o PCC; ex-delegado-geral havia escapado de pelo menos dois planos de execução da facção
O ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, conhecido por sua atuação contra o PCC, foi assassinado em Praia Grande, e autoridades, incluindo o governador Tarcísio de Freitas, anunciaram força-tarefa para prender os responsáveis.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou na manhã desta terça-feira, 16, sobre o assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, aos 64 anos.
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"O delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes deixou um legado marcante na Segurança Pública de São Paulo. Pioneiro nas investigações contra o PCC, dedicou 40 anos à Polícia Civil, chegando ao cargo de delegado-geral da instituição. (...) Estamos trabalhando para identificar e prender os criminosos responsáveis, para que sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei", escreveu o governador em sua conta no X (antigo Twitter).
O delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes deixou um legado marcante na Segurança Pública de São Paulo. Pioneiro nas investigações contra o PCC, dedicou 40 anos à Polícia Civil, chegando ao cargo de delegado-geral da instituição. Ontem, foi covardemente assassinado em Praia Grande,…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) September 16, 2025
A Secretaria de Segurana Pública determinou a realização de uma força-tarefa para prender os criminosos. O secretário responsável pela pasta, Guilherme Derrite, lamentou o assassinato. "(Fontes) sempre atuou no combate ao crime organizado. Todo o nosso esforço é prioridade para elucidar o mais rápido possível esse crime bárbaro", disse em vídeo publicado em seu perfil no X.
Lamento o assassinato do delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes, secretário em Praia Grande e ex-delegado geral. Determinei integração de força-tarefa, com prioridade definida pelo gov. Tarcísio, para prender os criminosos. O procurador-geral de Justiça ofereceu o apoio do GAECO.
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) September 16, 2025
"Estamos mobilizando o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) nessa investigação", afirmou.
O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) conversou ainda na segunda-feira com Derrite. De acordo com o órgão, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai apoiar a investigação da Polícia Civil. Costa também lamentou o episódio e expressou solidariedade aos integrantes da Polícia Civil.
Fontes, que era secretário de Administração de Praia Grande, deixou a prefeitura no início da noite e foi seguido por criminosos em uma Hilux. Tentando escapar, avançou em alta velocidade, mas acabou atingido por um ônibus. O carro capotou e ficou imprensado. Três homens desceram da picape com fuzis e atiraram contra o ex-delegado, que reagiu.
Fontes ficou conhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi delegado-geral entre 2019 e 2022 e já havia escapado de pelo menos dois planos de execução da facção. O ex-delegado foi responsável por indiciar toda a cúpula do PCC em 2006, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e por investigações que levaram à prisão de nomes como Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, em 2020.

