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Polícia

Segurança de fórum era adequada e resgate 'foge à rotina', alega TJ-RJ

Criança e PM morreram durante tiroteio em tentativa de resgate a dois traficantes que prestariam depoimento no Fórum de Bangu

1 nov 2013 - 22h10
(atualizado às 22h12)
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<p>Colegas, amigos e familiares se despedem de Kayo da Silva Costa, 8 anos, morto no tiroteio no Fórum de Bangu</p>
Colegas, amigos e familiares se despedem de Kayo da Silva Costa, 8 anos, morto no tiroteio no Fórum de Bangu
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) emitiu nota nesta sexta-feira em que se solidariza com as famílias de Kayo da Silva Costa, 8 anos, e do policial militar Alexandre Rodrigues de Oliveira, mortos durante um tiroteio no Fórum de Bangu, na zona oeste da capital fluminense, em meio a uma tentativa de resgate a detentos que prestariam depoimento no local. Segundo o TJ-RJ, a segurança do fórum era adequada para as audiências previstas na quinta-feira, e não seria possível prever a ação de criminosos "fortemente armados".

"Em relação à segurança do Fórum de Bangu, foi adotado, no local, um esquema adequado para as audiências que estavam sendo realizadas no dia do incidente. No entanto, houve uma invasão de criminosos fortemente armados, fato que foge à rotina das milhares de audiências ocorridas diariamente em todas as comarcas do Estado", argumenta o tribunal.

De acordo com o TJ-RJ, caberia à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) avaliar a periculosidade de réus e comunicar às comarcas se há riscos diante da exposição deles em audiências. "No caso da última quinta-feira, a operação de segurança foi montada de acordo com os informes passados pela Seap", sustenta o texto.

Por fim, o tribunal diz que os presídios estaduais do Rio de Janeiro ainda não têm a "infraestrutura necessária" para a realização de audiências por videoconferência, procedimento adotado pelo Judiciário fluminense desde 2009, segundo o TJ-RJ. "Essas videoconferências são organizadas e operacionalizadas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, e as casas de custódia são responsáveis por conceder e manter o aparato tecnológico necessário para a realização desse tipo de audiência. Ainda se espera a infraestrutura necessária para a utilização das videoconferências nos presídios estaduais", argumenta.

Tiroteio no Fórum de Bangu

Kayo da Silva Costa, 8 anos, e o terceiro sargento da Polícia Militar Alexandre Rodrigues de Oliveira, 39 anos, morreram durante um tiroteio em frente ao Fórum de Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, na quinta-feira. Uma mulher e outro PM ficaram feridos, segundo informações do batalhão que faz o policiamento da região.

<p>Disque-Denúncia aumentou recompensa por informações sobre o traficante Scooby</p>
Disque-Denúncia aumentou recompensa por informações sobre o traficante Scooby
Foto: Disque-Denúncia Rio de Janeiro / Divulgação

O tiroteio ocorreu quando homens armados tentaram resgatar os traficantes Alexandre de Melo e Vanderlan Ramos da Silva, que estavam no fórum para uma audiência. Eles trocaram tiros com PMs que faziam a segurança do local. Os homens fugiram sem concluir o resgate.

Após o tiroteio, o secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, pediu a transferência de Alexandre de Melo e Vanderlan Ramos da Silva para presídios federais.

Nesta sexta-feira, a polícia do Rio de Janeiro fez uma grande operação em sete comunidades de Bangu, na tentativa de localizar os responsáveis pela ação no Fórum de Bangu. Segundo o Delegado Rivaldo Barbosa, cerca de 15 criminosos teriam participado do crime, dos quais três invadiram o fórum. Entre eles foi possível identificar, por meio das imagens das câmeras de segurança, o traficante Leandro Nunes Botelho, o Scooby, considerado um dos mais procurados do Rio. Diante dessas imagens, o Disque-Denúncia aumentou de R$ 2 mil para R$ 5 mil o valor da recompensa por informações que levem à prisão de Scooby.

Fonte: Terra
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